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Europa encerra primeiro semestre em alta. Milanês FTSEMIB em máximos de 15 anos
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta sexta-feira.
Europa encerra primeiro semestre em alta. Milanês FTSEMIB em máximos de 15 anos
Os principais índices europeus terminaram a semana a valorizar, terminando assim a primeira metade do ano numa toada positiva, apesar de os analistas ouvidos pela Bloomberg preverem que os ganhos daqui em diante serão mais contidos, devido ao estado das economias globais, bem como o efeito das elevadas taxas de juro na economia.
O índice de referência europeu, Stoxx 600, subiu 1,16% para 461,93 pontos, com vários setores a subirem mais de 1%, como a banca, a indústria, o retalho, ou o petróleo e gás.
O setor da tecnologia ficou abaixo dos ganhos noutros setores, numa sessão que foi penalizada pela entrada da ASML na lista de empresas que o governo norte-americano pretende que sejam impedidas de exportar determinadas tecnologias para a China.
Nos últimos dados económicos divulgados, a inflação em França desceu para o nível mais baixo em um ano em junho, ao passo que a inflação na Zona Euro também abrandou.
"Não vemos boas notícias daqui para a frente. A segunda metade do ano deve ser mais fraca do que a primeira, com a economia a enfraquecer e as empresas a emitirem mais avisos de lucros em baixa, principalmente nos setores industriais", afirmou Ricardo Gil, analista da Trea Asset Management, à Bloomberg.
"A inflação vai retornar a subir depois de uma descida em junho, o que vai levar a que os bancos centrais permaneçam agressivos. Isso e a redução do Capex das empresas são preocupações que vão marcar" o segundo semestre, acrescentou.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax somou 1,26%, o francês CAC-40 valorizou 1,19%, o italiano FTSEMIB ganhou 1,08% - estando atualmente em máximos de 15 anos, o britânico FTSE 100 subiu 0,8% e o espanhol IBEX 35 pulou 0,87%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,65%.
Juros da Zona Euro aliviam com abrandamento da inflação
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro terminaram a última sessão da semana a aliviar, depois de ter sido divulgada a inflação de junho na região.
A subida dos preços terá abrandado para 5,5% em junho, justificado, em grande parte, por um efeito base que resultou da forte inflação no mesmo mês do ano passado.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, recua 2,5 pontos base para 2,388%, enquanto os juros da dívida pública italiana decrescem 2,7 pontos base para 4,063%.
Os juros da dívida portuguesa com a mesma maturidade desceram 1,8 pontos base para 3,097%, ao passo que os juros da dívida francesa recuam 1,9 pontos base para 2,927% e os da dívida espanhola decrescem 2,4 pontos base para 3,377%.
Fora da Zona Euro, as rendibilidades da dívida britânica a dez anos agravaram-se 0,8 pontos base para 4,378%.
Petróleo valoriza com corte da Arábia Saudita a dar ânimo
Os preços do petróleo estão a valorizar, num dia em que foi conhecido que a Arábia Saudita vai prolongar o corte de um milhão de barris por dia por pelo menos mais um mês.
O corte - que vem juntar-se ao já anunciado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP+) - tem efeitos a partir de julho, com a possibilidade de ser prolongado. Esta medida está a dar otimismo ao mercado, uma vez que vai reduzir a oferta, numa altura em que a retoma da procura pela matéria-prima na China tem sido abaixo das expectativas.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, subiu 1,49% para 70,90 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, valorizou 0,90% para 75,01 dólares por barril. O Brent caminha para fechar a mais longa série de perdas trimestrais em mais de três décadas.
Descida do consumo leva dólar a perdas
O dólar está a desvalorizar esta sexta-feira, depois da divulgação de dados económicos relativamente à inflação que mostram um arrefecimento do consumo, gerando algumas dúvidas relativamente ao caminho a seguir pela Reserva Federal norte-americana.
O dólar perde assim 0,43% para 0,9164 euros, ao passo que o índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da nota verde contra 10 divisas rivais – desce 0,42% para 102,906 pontos.
"As despesas foram mais fracas, especialmente ajustada à inflação. As despesas com bens desceram e até os serviços parecem estar a registar um decréscimo", disse Brian Jacobsen, analista da Annex Wealth Management, à Reuters.
"A inflação está a descer, mas a rampa para chegar aos 2% é longa", concluiu.
Ouro interrompe tendência e valoriza
O ouro está a valorizar, interrompendo a tendência registada esta manhã. Apesar dos ganhos recentes o metal precioso segue a caminho da terceira semana de perdas consecutivas, depois de terem sido divulgados mais dados relativos à inflação.
O ouro sobe 0,38% para 1.915.48 dólares por onça.
Esta sexta-feira foi conhecido o indicador PCE – que mede a evolução dos preços na ótica do consumo – que avançou 3,8% em termos homólogos em maio, segundo os números publicados pelo Departamento de Comércio dos EUA.
Os dados estão a dar força a expectativas de que a economia dos EUA não esteja a entrar em recessão, mas os "traders" continuam a acreditar na possibilidade de maior aperto da política monetária pelos bancos centrais.
Apple é a primeira cotada de Wall Street a atingir a marca dos três biliões de dólares
Wall Street arrancou a sessão em alta, com as ações de crescimento – mais de sensíveis às alterações de política monetária – a liderar os ganhos, sendo a Apple a cabeça de cartaz, ao tornar-se a primeira cotada a ultrapassar a marca dos três biliões de dólares, pela segunda vez.
O industrial Dow Jones sobe 0,63% para 34.337,16 dólares, enquanto o Standard & Poor's 500 cresce 0,87% para 4.434,90 pontos.
Já o tecnológico Nasdaq Composite soma 1,09%. Também o mais selecto Nasdaq 100 arrecada mais de 1%.
O sentimento está a ser impulsionado pelos mais recentes dados relativos à inflação.
O indicador PCE – que mede a evolução dos preços na ótica do consumo – avançou 3,8% em termos homólogos em maio, segundo os números publicados esta sexta-feira pelo Departamento de Comércio dos EUA.
Os analistas esperavam um crescimento homólogo de 4,6%. Face ao mês anterior houve uma subida de 0,1%, também abaixo das expectativas, que apontavam para 0,5%.
Estes números dão sustento a um abrandamento da política monetária restritiva da Fed, ainda que o presidente da autoridade monet, Jerome Powell, tenha deixado claro esta semana a trajetória "hawkish" do banco central para os próximos tempos.
Os investidores estão atentos às ações da Apple, que crescem 1,13%, tendo atingido uma capitalização de bolsista de três biliões de dólares, a primeira cotada a fazê-lo e pela segunda-vez, depois de o ter feito em 2022.
Já a Nike desvaloriza 2,81%, depois de as estimativas da empresa para o ano terem ficado abaixo das expectativas.
Euribor desce a três mas aumenta a seis e 12 meses. Médias de junho subiram de novo
As taxas Euribor desceram esta sexta-feira a três meses e subiram a seis e a 12 meses em relação a quinta-feira, terminando o primeiro semestre com as médias nos três prazos a subir de novo.
As médias da Euribor a três, seis e 12 meses subiram em junho para 3,536%, 3,825% e 4,007%, que traduzem acréscimos face a maio respetivamente de 0,164 pontos, 0,143 pontos e 0,145 pontos.
A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu hoje para 4,134%, mais 0,031 pontos, depois de ter avançado para 4,147% em 23 de junho, um novo máximo desde novembro de 2008.
Segundo dados de março de 2023 do Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses representava 41% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 33,7% e 22,9%, respetivamente.
A média da taxa Euribor a 12 meses avançou de 3,862% em maio para 4,007% em junho, mais 0,145 pontos.
No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho de 2022, também avançou hoje, ao ser fixada em 3,900%, mais 0,008 pontos, depois de ter subido em 23 de junho até 3,933%, também um novo máximo desde novembro de 2008.
A média da Euribor a seis meses subiu de 3,682% em maio para 3,825% em junho, mais 0,143 pontos.
Em sentido contrário, a Euribor a três meses baixou hoje para 3,577%, menos 0,010 pontos e depois de ter sido fixada em 3,610% em 23 de junho, um novo máximo desde novembro de 2008.
A média da Euribor a três meses subiu de 3,372% em maio para 3,536% em junho, ou seja, um acréscimo de 0,164 pontos percentuais.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na mais recente reunião de política monetária, realizada em 15 de junho, o BCE voltou a subir os juros, pela oitava reunião consecutiva, em 25 pontos base - tal como em 4 de maio -, acréscimo inferior ao de 50 pontos base efetuado em 16 de março, em 2 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas.
Antes, em 27 de outubro e em 8 de setembro as taxas diretoras subiram em 75 pontos base. Em 21 de julho de 2022, o BCE tinha aumentado, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Stoxx 600 prestes a fechar junho com ganho de 1%. ASML contraria tendência cercada pelos EUA
O Stoxx 600 começou o dia em alta, estando prestes e terminar o primeiro semestre em terreno positivo, antes de serem divulgados os dados da inflação na Europa. Por outro lado, entre as várias cotas europeias, a ASML destaca-se do lado das perdas.
O "benchmark" europeu avança 0,55% para 459,16 pontos. Entre os 20 setores que compõem o índice de referência, imobiliário e energia lideram os ganhos.
O Stoxx 600 segue a somar um ganho de 1% no acumulado de junho, o que ajudou a recuperar das perdas de maio, colocando a valorização acumulada do primeiro semestre que agora termina em 0,75%, estando assim prestes a fechar este período com um ganho, ainda que ligeiro.
Entre as principais praças europeias, Madrid valoriza 0,64%, Frankfurt soma 0,53% e Paris arrecada 0,73%.
Londres valoriza 0,34%, Milão ganha 0,76% e Amesterdão negoceia praticamente inalterada (0,03%). Por cá Lisboa segue a tendência do resto da Europa e valoriza 0,61%.
As ações da tecnológica ASML estão a captar as atenções dos investidores, depois de ter sido noticiado que os EUA pretendem obrigar a empresa a não enviar menos máquinas ligadas a raios ultravioleta para a China.
Os títulos da companhia holandesa seguem assim a cair 2,65%.
Juros agravam-se na Zona Euro
Os juros agravam-se na Zona Euro, num dia em que as principais praças europeias negoceiam no verde, momentos antes de serem conhecidos os números da inflação na região e um dia depois de ter sido divulgado que a evolução do índice de preços no consumidor alemão acelerou em junho.
A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – referência para o mercado europeu – agrava-se 3,4 pontos base para 2,446%.
Os juros da dívida portuguesa com vencimento em 2033 soma 3 pontos base para 3,146%.
A "yield" das obrigações espanholas a dez anos sobe 3,3 pontos base para 3,434%.
Os juros da dívida italiana com a mesma maturidade crescem 3,3 pontos base para 4,135%, estando o "spread" face à "yield" alemã fixada em 168,3 pontos base.
Iene vai para lá da linha vermelha do Banco do Japão contra o dólar
O iene registou uma queda de 0,2%, com cada dólar a valer 145,07 ienes, abaixo dos 146 ienes por dólar alcançado em novembro do ano passado, quando pela primeira vez desde 1998, o Banco do Japão (BoJ) acabou por intervir no mercado cambial.
As divergências entre a política monetária acomodatícia do BoJ e as políticas restritivas de outros bancos centrais, tem pressionado o iene face aos seus pares.
Durante o Fórum BCE, o governador da autoridade monetária japonesa Kazuo Ueda garantiu que o banco central está a "monitorizar a situação".
Esta sexta-feira, o ministro das Finanças japonês, Shunichi Suzuki, reiterou que as autoridades vão intervir de forma apropriada em caso de ocorrerem movimentos excessivos no mercado cambial.
O euro recua 0,12% para 1,0855, antes de serem dados a conhecer os dados da inflação na Zona Euro em junho, depois de um abrandamento para 4% em maio.
O índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da nota verde contra 10 divisas – negoceia na linha de água (0,04%) para 103,379 pontos, antes de serem divulgados os números da inflação na ótica do consumo, através do indicador PCE.
Ouro recua para terceira semana de perdas
O ouro recua 0,14% para 1.905,54 dólares por onça. No acumulado da semana, o metal amarelo tinge-se também de vermelho, estando prestes a registar uma terceira semana consecutiva de quedas.
O metal amarelo caiu na quinta-feira pela primeira vez desde meados de março do patamar por 1.900 dólares por onça, depois de o PIB norte-americano ter sido revisto em alta e os números dos pedidos de subsídio de desemprego ter registado a maior queda desde 2021.
Os investidores aguardam agora a divulgação dos números da inflação, na ótica do consumo, através do indicador PCE, o qual deverá revelar um abrandamento da evolução dos preços, mas uma inflação resiliente, segundo a Bloomberg.
Petróleo a caminho de fechar o segundo trimestre com perdas
O petróleo está a caminho de mais uma perda trimestral. As preocupações sobre a procura estão a pressionar o ouro negro.
O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque – negoceia na linha de água (0,01%) para 69,87 dólares por barril, tendo no segundo trimestre desvalorizado 7,81%.
O Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – sobe 0,16% para 74,46 dólares por barril, tendo entre abril e junho perdido 6,81%.
Desde o início do ano, o petróleo tem sido pressionado pelas políticas monetárias restritivas dos bancos centrais, pela lenta recuperação económica e pela resiliente oferta russa.
Para o próximo trimestre, o "outlook" é dominado pela incerteza. As declarações "hawkish" de vários líderes dos bancos centrais no Fórum BCE em Sintra antecipam uma queda das cotações, enquanto há quem seja mais otimista e aponte para que o desequilíbrio do lado da procura possa voltar a impulsionar os preços do ouro negro.
Europa aponta para o verde e Ásia fecha mista antes dos dados da inflação
A Europa deve começar a última sessão do primeiro semestre em terreno positivo, enquanto a Ásia fechou as negociações de forma mista, com os investidores à espera dos dados relativos à inflação nos EUA e na UE, depois de uma semana marcada pelas declarações dos líderes de vários bancos centrais, dentro e fora do Fórum BCE.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 valorizam 0,2%.
Na Ásia, pelo Japão, o Topix caiu 0,4% enquanto o Nikkei perdeu 0,14%. Pela China, Xangai subiu 0,8% e Hong Kong permaneceu praticamente inalterada. Pela Coreia do Sul, o Kospi somou 0,55%.
Hoje há novos indicadores a serem divulgados na Europa, com destaque para a estimativa rápida da inflação (junho) e da taxa de desemprego (maio) na Zona Euro.
Nos EUA, serão divulgados dos dados da inflação na ótica das despesas no consumidor, através do indicador PCE. Os analistas esperam que o indicador demonstre um abrandamento na evolução dos preços, ainda que reflita a persistência da inflação.