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Vacina injeta otimismo nas bolsas europeias mas subida de infetados segura valores-refúgio

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Reuters
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Futuros em alta nos Estados Unidos e Europa

Os futuros das ações da Europa e Estados Unidos estão em alta esta quinta-feira, 2 de julho, apontando para um início de sessão positivo, depois dos ganhos registados na negociação na Ásia.

De regresso de um dia de feriado, as ações subiram em Hong Kong, apesar das recentes tensões com a China devido à nova lei de segurança imposta por Pequim. As subidas estenderam-se também à Austrália, China, Japão e Coreia do Sul.

Na Europa, após três sessões consecutivas de ganhos, os futuros do Euro Stoxx 50 avançam 0,8%, enquanto nos Estados Unidos os futuros do S&P 500 avançam 0,4%, no dia em que vão ser conhecidos os dados do desemprego.

Ontem, o S&P500 subiu pelo terceiro dia e o Nasdaq atingiu um novo máximo.

Isto apesar de a pandemia da covid-19 não dar sinais de abrandamento nos Estados Unidos, com a Califórnia e o Arizona a reportarem o maior aumento diário de novos casos e Houston a registar dificuldades nas unidades de cuidados intensivos, que já excederam a capacidade máxima.

Bolsas animadas com vacina e mercado laboral dos EUA

As bolsas do velho continente começaram a sessão desta quinta-feira, 2 de junho, a transacionar em alta, com os investidores a refletirem maior otimismo devido aos testes preliminares favoráveis feitos à vacina contra o novo coronavírus que está a ser desenvolvida em parceria pela Pfizer e pela Biotech.

Os investidores mostram também expectativa pelos novos dados sobre o mercado laboral nos Estados Unidos, sendo convicção generalizada dos analistas de que poderão surgir boas notícias quanto à retoma da economia norte-americana. Os economistas acreditam que em junho terão sido criados acima de 3 milhões de postos de trabalho nos EUA.

Assim, o índice de referência europeu Stoxx600 abriu a apreciar 0,97% para 364,68 pontos, apoiado nas subidas de todos os setores mas em especial nas subidas da banca (+2%). Também o lisboeta PSI-20 começou o dia no verde impulsionado pelas subidas em torno de 1% do BCP e da EDP.

Mas apesar deste otimismo há fatores que pesam em sentido inverso. Além do crescimento de novos casos nos Estados Unidos e no Japão, há também numa apreensão renovada quanto ao retomar da tensão entre Washington e Pequim, desta feita na sequência da nova lei de segurança nacional que passou a vigorar no território de Hong Kong.

Euro continua a ganhar terreno ao dólar

A moeda única europeia aprecia contra o dólar pelo segundo dia, estando nesta altura a ganhar 0,28% para 1,1282 dólares.

Já o dólar, que negoceia em mínimos de 24 de junho, recua pela terceira sessão no índice da Bloomberg que mede o comportamento da divisa face a um cabaz composto pelas principais moedas mundiais.

O euro está a ser impulsionado pelos indicadores que apontam para o início da retoma europeia, enquanto o dólar vê o seu valor enquanto ativo de refúgio reduzir-se em virtude do maior otimismo decorrente dos testes positivos ao desenvolvimento de uma vacina.

Petróleo volta a valorizar com quebra das reservas americanas

Pelo segundo dia seguido, o preço do petróleo negoceia em alta nos mercados internacionais. O Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e usado como valor de referência para as importações nacionais, sobe 0,74% para 42,34 dólares por barril.

Em Nova Iorque, o West Texas Intermediate (WTI) avança 0,65% para 40,08 dólares.

O valor do crude volta assim a subir devido à descida registada nas reservas petrolíferas dos Estados Unidos, que na semana passada encolheram em 7,2 milhões de barris, segundo reportou a Agência de Informação de Energia norte-americana.


A agência Bloomberg acrescenta que esta valorização está também a ser potenciada por um estudo que indica que a produção dos países exportadores de petróleo (OPEP) caiu para o valor mais baixo desde 1991.

Ouro recua e cobre em alta

O metal precioso dourado cede 0,06% para 1.769,02 dólares por onça, uma quebra ligeira que ainda assim coloca o ouro em terreno negativo pelo segundo dia consecutivo.

As notícias positivas quanto aos avanços alcançados no desenvolvimento de uma vacina refletem-se numa diminuição do apetite dos investidores por ativos considerados de refúgio.

Já o cobre para entrega a três meses valoriza 0,76% para 6.061 dólares a tonelada métrica, o que significa que a matéria-prima está a transacionar em máximos de 23 de janeiro último.

Esta subida acontece numa altura em que persistem cortes à produção das operações mineiras no Chine, o maior fornecedor mundial deste metal.

Juros de Portugal em mínimos pré-estado de emergência

A taxa de juro associado às obrigações de dívida soberana de Portugal a 10 anos transaciona no mercado secundário em mínimos de 11 de março, o que significa que o custo de financiamento da República portuguesa está no valor mais baixo desde antes do início do estado de emergência no país, a 18 de março.

A "yield" correspondente aos títulos a 10 anos recua 2,9 pontos base para 0,434%, um valor que permanece também abaixo da contrapartida exigida pelos investidores para adquirirem dívida espanhola com mesma maturidade, cuja taxa de juro cai 1,6 pontos base para 0,480%.

Nota ainda para o juro associado à dívida de Itália a 10 anos que cai 3,5 pontos base para 1,232%, o que coloca a "yield" transalpina em mínimos de 26 de março.

Por fim, também o custo da dívida de referência da Zona Euro segue a aliviar, o que acontece pela terceira sessão seguida. A taxa de juro correspondente às "bunds" com prazo a 10 anos desce 0,9 pontos base para -0,407%.

Wall Street soma mais de 1% com emprego a dar força

A bolsa em Nova Iorque termina a semana inundada de otimismo, com os três índices de referência a valorizarem mais de 1%, depois de o mercado de trabalho ter surpreendido os analistas pela positiva.

O generalista S&P500 está a valorizar 1,34% para os 3.157,42 pontos, o tecnológico Nasdaq soma 1,28% para os 10.283,01 pontos e o industrial Dow Jones sobe 1,49% para os 26.118,69 pontos.

A taxa de desemprego nos EUA baixou de 13,3% em maio para 11,1% em junho, uma evolução mais positiva do que o esperado pelos analistas.

A reabertura parcial da economia nos EUA após o confinamento devido à pandemia da covid-19 permitiu a criação de 4,8 milhões de empregos no mês de junho, um valor 50% acima das estimativas dos analistas. A taxa de desemprego baixou de 13,3% em maio para 11,1% em junho.

No mundo empresarial, o destaque recai sobre a Tesla. A empresa fechou o segundo trimestre com mais de 90 mil veículos entregues, superando as estimativas dos analistas. Agora, segue a subir 8,09% para os 1.209,69 dólares. Já no dia anterior, a Tesla fechou a cotar nos 1.119,63 dólares, uma subida de 3,69%, o que lhe permitiu atingir uma capitalização bolsista de 207,7 mil milhões de dólares, destronando a japonesa Toyota como fabricante automóvel mais valiosa do mundo.

Queda do desemprego nos EUA e menos stocks animam petróleo
Queda do desemprego nos EUA e menos stocks animam petróleo

As cotações do petróleo seguem em alta, impulsionadas pela melhoria dos dados do mercado laboral nos EUA e pela forte diminuição das reservas norte-americanas de crude.

O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em agosto soma 0,15% para 39,88 dólares por barril.

Já o contrato de setembro do Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, valoriza 0,76% para 42,35 dólares.

O "ouro negro" está a ganhar terreno com o anúncio de que a taxa de desemprego nos EUA diminuiu em junho, para 11,1%, contra 13,3% - uma evolução mais positiva do que o esperado pelos analistas.

Além disso, a criação de emprego nos Estados Unidos, no mesmo período, ficou 50% acima do esperado.

Por outro lado, os inventários de crude nos EUA desceram em 7,2 milhões de barris na semana passada, uma queda superior à estimada, o que também está a sustentar as cotações.

A impedir um otimismo maior continua a estar a pandemia de covid-19, devido ao forte aumento de novos casos de infeções por covid-19 um pouco por todo o mundo – e que nos EUA, onde é mais evidente, poderá estagnar a retoma da procura de combustível.

Dólar recupera em semana "sobe-e-desce"

O euro está a perder 0,08% para os 1,1242 dólares, acabando por resvalar para o terreno negativo numa semana em que as oscilações entre o verde e vermelho têm sido diárias.

O dólar ganha força ao mesmo tempo que a economia norte-americana dá bons sinais. A taxa de desemprego nos EUA baixou de 13,3% em maio para 11,1% em junho, uma evolução mais positiva do que o esperado pelos analistas.

Ouro em alta apesar do fulgor das ações

O metal amarelo segue a valorizar 0,48% para os 1.778,58 dólares por onça, conseguindo manter-se sólido no verde apesar do entusiasmo vivido nos mercados acionistas, aos quais muitas vezes serve de alternativa em situações de incerteza.

Os investidores aumentam o apetite ao risco depois de os dados do emprego nos Estados Unidos terem surpreendido pela positiva, invertendo o sentimento no final de uma semana muito castigada pelo aumento do número de casos de covid-19 a nível global.

 

Europa em alta com investidores de olho na vacina anti covid
As principais praças europeias fecharam o dia em alta, com os investidores animados com as notícias sobre uma vacina experimental contra a covid-19 que obteve resultados positivos. 

Assim, o Stoxx 600 - índice que reúne as 600 maiores cotadas da região - ganhou 1,82% para os 367,77 pontos. 

As duas farmacêuticas Pfizer e BioNTech, que estavam em fases avançadas de testes da sua vacina contra a covid-19 que estão a desenvolver, mostraram resultados positivos. Os mais recentes testes foram feitos em 45 adultos entre os 18 e os 55 anos e mostraram que a vacina desenvolvia anticorpos superiores aos que estão a ser detetados em pacientes que recuperaram da covid-19.

Agora, s
e tudo correr como previsto e a vacina experimental obtiver a aprovação por parte dos reguladores, estima-se que a produção da vacina terá início ainda este mês. 
Para além dos sinais positivos no campo do combate ao coronavírus, os investidores olham com alento para os indicadores divulgados. Hoje, o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos divulgou que foram criados 4,8 milhões de empregos no mês de junho, um valor 50% acima das estimativas dos analistas, que previam que fossem gerados 3,2 milhões de postos de trabalho.

Contudo, o crescimento de novos casos com covid-19 nos Estados Unidos continua a deixar os investidores de pé atrás. Para além disso, a relação entre Estados Unidos e China vive novamente dias de alguma tensão, depois de a nova lei de segurança nacional ter sido aprovada para Hong Kong.
Juros aliviam com avolumar dos sinais de retoma

Os juros da dívida portuguesa a dez anos aliviaram 3,3 pontos base para os 0,435%. Um movimento que foi semelhante em Espanha, onde os juros para a mesma maturidade desceram 5,1 pontos base para os 0,448%, mas também em Itália, onde se assiste a um recuo de 6 pontos base para os 1,209%.

Os países do sul alinham com a referência europeia, a Alemanha, cuja remuneração das obrigações no prazo de referência aliviou 3,4 pontos base para os -0,430%.

A dívida das economias requer remunerações mais baixas num dia em que a economia dosEstados Unidos deu sinais de força, com o cenário ao nível do emprego a surpreender pela positiva, apesar da pandemia. Paralelamente, os representantes dos países do Velho Continente mantêm os contactos no sentido de facilitar um acordo para a atribuição de apoios ao nível do bloco.

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