Notícia
Abertura dos mercados: Resultados condicionam bolsas. Petróleo ganha mais de 1%
As bolsas europeias estão a negociar entre ganhos e perdas numa altura em que os investidores estão a digerir resultados das empresas e as minutas da Fed. O petróleo segue animado com a perspectiva de uma descida das reservas.
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Os mercados em números
PSI-20 desce 0,32% para 4.653,81 pontos
Stoxx 600 ganha 0,06% para 373,59 pontos
Nikkei desvalorizou 0,04% para 18.371,46 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 3,5 pontos para 4,000%
Euro recua 0,02% para 1,0556 dólares
Petróleo em Londres sobe 1,15% para 56,48 dólares o barril
Bolsas europeias sem tendência definida
As bolsas europeias seguem sem tendência definida esta quinta-feira, 23 de Fevereiro, numa altura em que os investidores estão a digerir os resultados de uma série de empresas, entre as quais o Barclays, a Telefónica e o grupo PSA.
O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, ganha 0,06% para 373,59 pontos. Além da bolsa de Lisboa, também Atenas, Amesterdão e Londres negoceiam no vermelho.
Por cá, a Jerónimo Martins é a empresa que mais penaliza o índice nacional. A retalhista desce 2,75% para 15,755 euros, depois de ter revelado que os seus lucros subiram 78% no ano passado para 593 milhões de euros. Apesar dos resultados recorde, os números ficaram abaixo do esperado pelos analistas do CaixaBI.
Juros da dívida portuguesa voltam aos 4%
Os juros da dívida portuguesa a dez anos estão a subir 3,5 pontos base para 4,000%, depois de a Comissão Europeia ter dito, no relatório de Inverno, que o país fez "progressos limitados" e de o FMI se ter manifestado pessimista com a evolução económica de Portugal no longo prazo e receoso quanto à descida do défice orçamental.
A tendência de agravamento estende-se à generalidade dos países do euro, com os juros das obrigações a dez anos de Espanha a subirem 1,3 pontos para 1,706% e de Itália a avançarem 3,3 pontos para 2,226%. Na Alemanha, o agravamento é de apenas 0,3 pontos para 0,282%.
Em França, pelo contrário, os juros das obrigações a dez anos descem 0,5 pontos para 1,012% depois de já terem tocado em 0,987%, o valor mais baixo desde 9 de Fevereiro. Isto depois de o centrista François Bayrou ter abdicado de entrar na corrida presidencial, o que contribui para afastar em parte a incerteza política que envolve as eleições de 23 de Abril.
Dólar em alta ligeira após minutas da Fed
O índice que mede a evolução do dólar norte-americano face às principais congéneres mundiais está em alta ligeira esta quinta-feira, depois de as minutas da Fed, reveladas ontem, terem confirmado o que se esperava: que os responsáveis do banco central estão preparados para prosseguir a subida de juros.
Segundo as minutas da reunião de 31 de Janeiro e 1 de Fevereiro, a maioria dos responsáveis da Fed mostrou-se convicta de que poderá ir aumentando os juros directores de forma gradual, sendo adequada uma subida "já muito em breve" – isto para evitar riscos de sobreaquecimento da economia.
O dólar subiu em quatro das últimas cinco sessões.
Petróleo valoriza mais de 1%
O petróleo está a subir mais de 1% nos mercados internacionais depois de o Instituto Americano do Petróleo ter estimado que as reservas de crude dos Estados Unidos desceram em 884 mil barris na semana passada. Se os números da Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos – que serão conhecidos esta quinta-feira – confirmarem esta descida, será a primeira desde Dezembro.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, sobe 1,23% para 54,25 dólares, enquanto o Brent, transaccionado em Londres, ganha 1,15% para 56,48 dólares.
Ouro e prata em queda
O ouro está em terreno negativo esta quinta-feira, penalizado pela perspectiva de que a Fed vai subir os juros já em Março, tornando o investimento neste activo menos atraente.
O ouro desce 0,05% para 1.236,83 dólares por onça, enquanto a prata cai 0,32% para 17,9685 dólares.