Notícia
Abertura dos mercados: Juros das obrigações dos EUA renovam máximos e bolsas voltam aos ganhos
As bolsas europeias recuperam das quedas da véspera, numa sessão marcada pelo novo máximo dos juros da dívida norte-americana e pela subida do dólar.
Mercado em números
PSI-20 desce 0,28% para 5.420,35 pontos
Stoxx600 ganha 0,20% para 378,99 pontos
Nikkei desceu 1,01% para 21925,1 pontos
Euro desce 0,37% para 1,2361 dólares
Juro das obrigações portuguesas a 10 anos desce 1,5 pontos base para 2,036%
Brent em Londres desce 0,62% para 65,26 dólares
Europa volta aos ganhos em dia de regresso de Wall Street
A maioria das bolsas europeias está em alta esta terça-feira, 20 de Fevereiro, depois de terem interrompido ontem uma série de três sessões consecutivas de ganhos. Isto no dia em que Wall Street e as bolsas chinesas regressam à negociação depois do feriado de ontem, e em que os investidores continuam a olhar para os resultados das empresas.
O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, ganha 0,20% para 378,99 pontos. Em destaque, nesta altura, estão os títulos da Edenred, que disparam 7,77% para 27,73 euros, depois de a empresa ter apresentado lucros recorde e ter aumentado o dividendo. Em sentido contrário, o HSBC desce 4,18% para 728,60 pence, após ter apresentado resultados abaixo do esperado e ter revelado que pretende realizar um aumento de capital de 7 mil milhões de dólares.
Em Lisboa, o PSI-20 contraria a tendência com uma descida de 0,28% para 5.420,35 pontos, motivada sobretudo pelo BCP e pela Galp. O banco liderado por Nuno Amado recua 1,32% para 29,06 cêntimos enquanto a petrolífera perde 2,69% para 14,30 euros, depois de ter relevado que os seus lucros cresceram 25% em 2017 para 602 milhões de euros, e que vai aumentar o dividendo para 55 cêntimos.
Juros dos EUA em máximos antes de emissões de 258 mil milhões
No mercado obrigacionista destaca-se os títulos soberanos dos Estados Unidos, com o juro das treasuries a 10 anos a fixar um novo máximo de quatro anos, acima de 2,9%, após uma subida de 5 pontos base. Foi a alta dos juros da dívida soberana dos EUA que antecedeu a correcção nos mercados accionistas e sinalizou o receio dos investidores com a alta da inflação. O agravamento dos juros acontece no arranque de uma semana em que o Tesouro dos EUA vai emitir um total de 258 mil milhões de dólares, o que está a pressionar os títulos no mercado secundário (a cotação das obrigações move-se em sentido inverso às "yields").
O comportamento das treasuries está a condicionar a evolução do mercado de dívida na Europa. A "yield" das bunds a 10 anos agrava-se 1,6 pontos base para 0,75%, enquanto o juro das obrigações portuguesas com a mesma maturidade aumenta 1,5 pontos base para 2,036%.
Euro alivia de ganhos recentes
A moeda única europeia está a perder terreno face à divisa norte-americana, depois das fortes subidas registadas na semana passada, que a levaram para máximos de Dezembro de 2014, acima de 1,25 dólares. Nesta altura, o euro desce 0,37% para 1,2361 dólares.
Já o índice que mede a evolução do dólar face às principais congéneres – que atingiu mínimos de mais de três anos na semana passada – está a recuperar, depois de ter sido penalizado pelos receios em torno do défice comercial e orçamental dos Estados Unidos, e pela especulação de que Washington poderá seguir uma estratégia de enfraquecimento da divisa.
WTI sobe e Brent recua
O petróleo está a evoluir em sentidos opostos nos dois lados do Atlântico, com o WTI em Nova Iorque a valorizar 0,73% para 63,12 dólares e o Brent em Londres a ceder 0,62% para 65,26 dólares. De acordo com a Reuters, a matéria-prima está a ser impulsionada nos EUA pela redução dos fornecimentos a partir do Canadá.
Subida do dólar penaliza ouro
A recuperação do dólar de mínimos de três anos continua a penalizar a evolução do ouro, que atingiu esta manhã um mínimo de uma semana. O metal precioso recua 0,5% para 1.339.14 dólares a onça no mercado à vista em Londres.