Notícia
Preços da habitação voltaram a acelerar no segundo trimestre
Após um abrandamento no início do ano, que coincidiu com a quebra das vendas de casas, o ritmo de subida de preços voltou a aumentar, para 7,8%. Vendas dispararam em 10,4%, quebrando quase dois anos de diminuições.
Após um abrandamento de preços num início de ano marcado ainda pela redução do número de vendas, os preços das casas voltaram a acelerar já na primavera, com o índice de preços da habitação a subir 7,8% no segundo trimestre.
Os novos dados do Instituto Nacional de Estatística para o andamento do mercado da habitação, divulgados nesta sexta-feira, dão conta já de uma forte subida nas transações, em mais 10,4% que um ano antes, para um total de 37.125 casas vendidas no segundo trimestre.
Ao mesmo tempo, os preços conheceram também um forte impulso. Só em cadeia, e face aos valores médios do primeiro trimestre, o índice de preços da habitação aumentou em 3,9%. Na variação homóloga, o crescimento retomou aos 7,8%, quando estava em 7% nos primeiros três meses de 2024.
Os dados do INE mostram que a maior aceleração de preços ocorreu na habitação nova, onde o ritmo de crescimento passou dos 5,5% para 6,6%. Já nas casas em segunda mão, o crescimento homólogo passou dos 7,6% aos 8,3%.
Em termos de variação trimestral, os preços das casas novas estavam, aliás, em queda no primeiro trimestre, apresentando então uma redução de 0,8% face ao final de 2023, estando agora com uma subida em cadeia de 3,8%. Na habitação existente, a subida trimestral verificada entre os dois trimestres passou de 1,1% a 3,9%.
A nova aceleração de preços ocorre face a uma subida no número de transações que interrompeu um período de perto de dois anos em que as vendas seguiam em quebra, com variações homólogas negativas desde o segundo trimestre de 2022, assinala o INE.
Nas vendas de habitações existentes - quase quatro quintos do total - regista-se um aumento de 10,6% no número de transações realizadas face a igual período do ano passado. Já na habitação nova, a subida é de 9,8%.
Face a um ano antes, as vendas do segundo trimestre representaram um valor global 14,1% superior, para um total de 7,9 mil milhões de euros. Segundo o INE, 85,4% deste valor foi suportado pelas famílias, que adquiriram 31.948 das habitações transacionadas (86,1% do total).
As aquisições de compradores nacionais conheceram uma forte subida (mais 11,5% que em igual período de 2023), ao mesmo tempo que se observou uma queda nas transações realizadas por compradores de fora do território nacional (-2,8%). O peso das compras nacionais no mercado da habitação aumentou, assim, de 92,5% para 93,4%.