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Abertura dos mercados: Corte de impostos de Trump impulsiona juros, bolsas e dólar
O plano de reforma fiscal nos Estados Unidos continua a determinar o rumo dos mercados financeiros, com os investidores para já a darem sinais de optimismo perante o impacto das propostas de Trump.
Os mercados em números
PSI-20 sobe 0,3% para 5.349,58 pontos
Stoxx 600 desce 0,09% para 385,27 pontos
Nikkei valorizou 0,47% para 20.363,11 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos avançam 2,4 pontos base para 2,486%
Euro cai 0,03% para 1,1741 dólares
Petróleo em Londres cede 0,55% para 57,58 dólares sobe 0,34%
Bolsas mantêm tendência positiva
O norte-americano S&P 500 fechou ontem em máximos em reacção às novidades do plano fiscal apresentado pelo presidente dos Estados Unidos, contagiando os restantes mercados accionistas, com os investidores optimistas com o impacto que o corte de impostos vai ter na maior economia do mundo.
As praças asiáticas evoluíram em terreno positivo e as bolsas europeias acordaram em alta, com o Stoxx 600 a avançar para máximos de meados de Julho no início da sessão. O índice que reúne as maiores cotadas europeias inverteu entretanto para terreno negativo, mas a maioria dos índices nacionais mantém uma variação positiva. Em Lisboa o PSI-20 está também a evoluir com ganhos, sobe pela sexta sessão e reforça máximos de três meses.
A Novabase é o grande destaque, com uma valorização acima de 15% para máximos de três anos, depois de ter anunciado que pretende pagar um dividendo extraordinário de 50 cêntimos por acção.
Plano de Trump impulsiona juros da dívida
As propostas do presidente dos EUA para baixar os impostos às empresas e às famílias norte-americanas também estão a ter reflexo no mercado de obrigações, com as expectativas mais fortes de crescimento da economia a impulsionarem as taxas de juro.
As "yields" das treasuries norte-americanas subiram para máximos de dois meses na sessão de ontem e a dívida europeia também está a evoluir em terreno negativo (as cotações variam em sentido inverso às "yields"). Os juros das obrigações portuguesas a 10 anos somam 2,4 pontos base para 2,486%, sendo que o "spread" face à Alemanha está estável nos 198 pontos base já que a "yield" das bunds com a mesma maturidade avança 3 pontos base para 0,501%.
Euro com maior ciclo de quedas desde o início de Maio
A proposta de Trump prevê incentivos fiscais ao repatriamento de capitais por parte das grandes empresas norte-americanas, o que está a beneficiar com dólar, devido à expectativa de um afluxo elevado de divisas para os Estados Unidos.
O euro perde terreno pela quarta sessão consecutiva, o que corresponde ao maior ciclo de quedas desde o início de Maio. A moeda europeia, que também tem sido castigada devido aos resultados das eleições alemãs e à expectativa de subida de juros nos EUA, cede 0,03% para 1,1741 dólares.
Petróleo prolonga correcção
Depois das subidas acentuadas que levaram o petróleo para máximos desde 2015, a matéria-prima volta hoje a corrigir. O WTI negociado em Nova Iorque cede 0,38% para 51,94 dólares e Brent em Londres cai 0,55% para 57,58 dólares.
Os sinais de recuperação da procura e extensão dos cortes de produção por parte dos maiores produtores de petróleo do mundo têm suportado uma valorização dos preços do "ouro negro" para níveis de 2015.
Ouro a caminho a maior queda mensal de 2017
O ouro está em terreno negativo pela terceira sessão, elevando as perdas no mês de Setembro para 3,1%, o que representa o pior desempenho mensal do ano. As expectativas mais animadoras para a economia norte-americana estão a levar os investidores para activos de maior risco, o que têm penalizado o metal precioso, que é um dos activos preferidos em alturas de turbulência.