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Bolsas europeias cedem à boleia da época de resultados
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta terça-feira.
Bolsas europeias cedem à boleia da época de resultados
As bolsas europeias fecharam em terreno negativo, pressionadas pelos resultados do segundo trimestre das empresas.
O Stoxx 600, referência para a região, começou o mês de agosto a devalorizar 0,89% para 467,16 pontos. Dos 20 setores que compõem o índice, o dos automóveis e retalho foram os que mais pesaram.
Entre as principais movimentações, a Greggs caiu 7,68%, no dia em que a empresa anunciou os resultados dos primeiros seis meses do ano. Além disso, a BMW também pesou no índice depois de ter emitido um aviso de que as suas despesas vão aumentar no segundo semestre.
Entre as principais praças europeias, Madrid cedeu 1,44%, o índice dos Países Baixos desceu 0,74% e em França o índice recuou 1,22%. Já em Itália as perdas ficaram em 0,97%, enquanto o índice alemão caiu 1,26%. Por sua vez, o índice britânico desvalorizou 0,43%.
Juros agravaram-se na Zona Euro
Os juros da dívida soberana na Zona Euro agravaram-se, o que sinaliza uma menor aposta na dívida soberana. Os investidores fugiram às obrigações num dia em que foram divulgados novos dados económicos na região. A taxa de desemprego fixou-se nos 6,4% em junho, em linha com os valores registados em maio.
Os investidores privilegiaram outros ativos-refúgio, num dia em que os principais índices europeus remataram o dia com quedas acentuadas, o que significa um menor apetite pelo risco.
Os juros da dívida soberana portuguesa com maturidade a dez anos aumentaram 7,1 pontos base para 3,240%, enquanto a "yield" das Bunds alemãs com o mesmo prazo, referência para a região, subiu 6,4 pontos base para 2,551%.
Os juros da dívida pública francesa somaram 7,1 pontos base para 3,091%, os juros da dívida italiana cresceram 8,8 pontos base para 4,179% e os juros da dívida espanhola subiram 7,1 pontos base para 3,557%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica aumentaram 9 pontos base para 4,391%.
Euro perde face ao dólar
O euro está a desvalorizar face à moeda norte-americana, num dia em que foi divulgado que o número de postos de trabalho disponíveis nos Estados Unidos caiu em junho. O número fixou-se nos 9,6 milhões, abaixo dois 9,62 milhões registados no mês anterior.
O mercado laboral norte-americano continua assim a dar sinais de robustez, apesar as sucessivas subidas das taxas de juro.
A moeda única europeia perde 0,16% para 1,0979 dólares.
O dólar ganha força desde ontem, depois de um inquérito da Reserva Federal (Fed) norte-americana revelar que os bancos dos EUA estão a apertar os critérios para a concessão de crédito e que se registaram menos procura por empréstimos no segundo trimestre do ano.
Petróleo em queda pressionado por dólar mais forte
O petróleo está a desvalorizar, depois de ter registado em julho o maior ganho semanal desde o início de 2022.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, cede 0,77% para 81,17 dólares por barril, pressionado por um dólar mais forte. Isto depois de ter valorizado 16% em julho.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, recua 1,07% para 84,57 dólares.
"A subida expressiva parece estar a acalmar, com os preços a aproximarem-se de máximos recentes este ano e o dólar a começar a fortalecer-se novamente", disse à Bloomberg Jens Pedersen, analista do Danske Bank.
O preço do crude subiu no mês passado, impulsionado por sinais de que a procura seria maior que a oferta, depois de a OPEP reduzir a produção. Além disso, com a inflação nos Estados Unidos a abrandar, fortalece-se a expectativa de que tenha sido evitada uma recessão.
Ouro perde quase 1% com menor impacto da política monetária na economia dos EUA
O ouro está a desvalorizar e a ser penalizado pela força do dólar, uma vez que a política monetária estará a ter um impacto menos forte do que o esperado na economia norte-americana. Tal estará também a diminuir o apetite por este metal precioso.
O ouro perde 0,88% para 1.947,86 dólares por onça.
O mercado estará a negociar com otimismo, com os investidores a optarem por outro tipo de ativos, uma vez que "a economia dos EUA parece estar pronta para evitar uma contração e as autoridades chinesas continuam a transmitir a intenção de injetar estímulos na economia do país", explicou Ricardo Evangelista, analista sénior da ActivTrades.
Wall Street abre mista com foco nos resultados das farmacêuticas
Wall Street abriu a negociar em terreno misto, com os investidores a avaliarem os resultados de duas farmacêuticas, a Merck e a Pfizer, ao mesmo tempo que aguardam a divulgação de dados económicos que irão permitir compreender a possibilidade de uma impacto mais suave da política monetária na economia.
O índice industrial Dow Jones soma 0,22%, para 35.638,59 pontos e o Standard & Poor’s 500 recua 0,2% para 4.580,00 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite perde 0,46% para se fixar nos 14.281,55 pontos.
Entre os principais movimentos de mercado, a Merck sobe 1,82%, depois de ter revelado um aumento nas perspetivas de lucros para o ano, depois de ter registado uma perda menor do que o esperado no segundo trimestre. Por outro lado, a Pfizer desce 0,53%, com as contas a ficarem abaixo do esperado pelos analistas, devido, em parte, à menor venda de vacinas para a covid-19.
Mais de metade das empresas no índice alargado S&P 500 já apresentou resultados, sendo que 82% obteve melhores contas do que o esperado, segundo dados da FactSet, consultados pela CNBC, mas os investidores permanecem cautelosos.
Ainda esta terça-feira, o mercado aguarda a divulgação de dados, que incluem o número de vagas de emprego de junho e o índice gestor de compras de julho nos EUA, que permitirão melhor compreender o estado da economia norte-americana.
Euribor sobem a 3, 6 e 12 meses. Médias mensais voltaram a avançar em julho
As taxas Euribor subiram hoje a três, a seis e a 12 meses face a segunda-feira, depois de as taxas médias mensais terem voltado a avançar em julho nos três prazos.
As taxas médias das Euribor subiram para 3,672% a três meses, 3,942% a seis meses e 4,149% a 12 meses em julho, ou seja mais 0,136 pontos percentuais, 0,117 pontos e 0,142 pontos percentuais do que as de junho, respetivamente.
A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu hoje para 4,076, mais 0,012 pontos, depois de ter avançado até 4,193% em 7 de julho, um novo máximo desde novembro de 2008.
Segundo dados referentes a maio de 2023 do Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses representava 40,3% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 34,4% e 22,8%, respetivamente.
A média da taxa Euribor a 12 meses avançou de 4,007% em junho para 4,149% em julho, mais 0,142 pontos.
No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 7 de julho de 2022, também avançou hoje, ao ser fixada em 3,948%, mais 0,019 pontos do que na segunda-feira e contra o máximo desde novembro de 2008, de 3,972%, verificado em 21 de julho.
A média da Euribor a seis meses subiu de 3,825% em junho para 3,942% em julho, mais 0,117 pontos.
No mesmo sentido, a Euribor a três meses subiu hoje, para 3,723%, mais 0,008 pontos, depois de ter atingido um novo máximo desde novembro de 2008, de 3,725%, em 28 de julho.
A média da Euribor a três meses subiu de 3,536% em junho para 3,672% em julho, ou seja, um acréscimo de 0,136 pontos percentuais.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na mais recente reunião de política monetária, realizada em 27 de julho, o BCE voltou a subir os juros, pela nona sessão consecutiva, em 25 pontos base - tal como em 15 de junho e 4 de maio -, acréscimo inferior ao de 50 pontos base efetuado em 16 de março, em 02 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas.
Antes, em 27 de outubro e em 8 de setembro, as taxas diretoras subiram em 75 pontos base. Em 21 de julho de 2022, o BCE tinha aumentado, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 14 de setembro.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Europa abre no vermelho. HSBC e BP sobem após resultados
As principais praças europeias abriram no vermelho, com os investidores focados na época de resultados, bem como a aguardarem dados sobre a produção industrial e a decisão de política monetária do Banco de Inglaterra na quinta-feira.
No Reino Unido, o FTSE 100 que negociava na abertura da sessão no verde está agora inalterado, fugindo à regra na Europa, numa altura em que os resultados do HSBC e da BP vão sendo avaliados.
O banco HSBC sobe 2,78%, depois de ter apresentado receitas acima do esperado e ter anunciado um novo programa de recompra de ações. Já a BP ganha 1,18%, após também ter apresentado as contas do primeiro semestre, tendo anunciado um aumento do dividendo e a recompra de 1,5 mil milhões em ações.
O índice de referência, Stoxx 600, desce 0,23% para 470,26 pontos, com o setor do imobiliário, retalho e mineiro a registarem as maiores perdas. Em sentido oposto, o setor da banca e petróleo e gás são os que mais sobem.
"A agenda económica de hoje muda o foco para a fraqueza do setor industrial, bem como a resiliência do mercado laboral norte-americano", indica o analista Michael Hewson, da CMC Capital Markets à Bloomberg.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax cede 0,35%, o francês CAC-40 desvaloriza 0,46% e o espanhol IBEX 35 cai 0,42%. Em Amesterdão, o AEX regista um decréscimo de 0,18% em Lisboa, o PSI desce 0,29%.
Em Milão, o FTSEMIB avança 0,05%.
Juros agravam-se na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão a agravar ligeiramente, com os investidores a avaliarem dados sobre a economia dos países da moeda única que mostrou um retorno ao crescimento económico e uma manutenção das pressões inflacionárias.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, sobe 0,6 pontos base para 2,493%, enquanto os juros da dívida pública italiana crescem 1 ponto base para 4,101%.
Os juros da dívida portuguesa com a mesma maturidade agravam-se 1,8 pontos base para 3,187%, ao passo que os juros da dívida francesa somam 0,8 pontos base para 3,028% e os da dívida espanhola crescem 0,4 pontos base para 3,510%.
Fora da Zona Euro, as rendibilidades da dívida britânica a dez anos agravam-se 1,1 pontos base para 4,312%.
Efeito da subida de juros pela Fed na economia dá ganhos ao dólar
O dólar está a valorizar, depois de ter sido divulgado um inquérito da Reserva Federal norte-americana que mostrou que os bancos dos EUA estão a apertar nos critérios para a concessão de crédito e que registaram menos procura por empréstimos no segundo trimestre do ano. Tal poderá significar que a subida das taxas de juro diretoras pela Fed estará a ter efeito na economia.
A nota verde sobe 0,17% para 0,9108 euros, ao passo que o índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da divisa dos Estados Unidos contra um cabaz de divisas – soma 0,23% para 102,091 pontos.
O foco vira-se agora para a divulgação da taxa de desemprego nos EUA na sexta-feira, bem como a inflação, ambos referentes a junho, na próxima semana, que poderá mostrar uma aceleração da subida dos preços pela primeira vez num ano, segundo declarações do analista Marc Chandler da Bannockburn Global Forex à Bloomberg.
Ouro recua com maior procura por ativos de risco
O ouro está a desvalorizar, depois de ter registado o melhor mês desde março. A influenciar a negociação estão dados divulgados na segunda-feira que mostram maior estabilidade da economia e reduzem assim a procura por ouro, considerado um ativo-refúgio.
O metal amarelo recua 0,51% para 1.955,02 dólares por onça.
Face aos mais recentes dados, a procura por ativos de maior risco como as ações tem aumentado, o que poderá também estar a diminuir a procura por este metal.
Petróleo interrompe ganhos. WTI segue perto de máximos de três meses
O petróleo está a recuar ligeiramente, depois de ter registado em julho o maior ganho semanal desde o início de 2022. Isto, numa altura em que o mercado vai sendo pautado por sinais de maior aperto, com os Estados Unidos perto de fugirem a uma recessão e os recentes cortes na produção por parte de países da Organização dos Países Produtores de Petróleo e aliados (OPEP+) a reforçarem também os preços.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, cede 0,34% para 81,52 dólares por barril, depois de ter valorizado 16% em julho e estando em máximos de três meses.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, recua 0,35% para 85,13 dólares.
"Os preços continuam a capitalizar na melhoria das condições na procura", disse Yeap Jun Rong, analista da IG Asia à Bloomberg, ressalvando que "todos os olhos estão no próximo máximo anual, que irá determinar se os preços podem quebrar o patamar de médio-prazo".
Europa de olhos no verde. Ásia positiva
Os principais índices europeus estão a apontar para um início de sessão em terreno positivo, embora com ganhos ligeiros, numa altura em que os investidores estão a reagir aos dados económicos revelados na segunda-feira, que mostraram um abrandamento da inflação, bem como um crescimento do PIB acima do esperado na região da moeda única.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 sobem 0,2%.
Na Ásia, a sessão foi também positiva, embora com ganhos pouco expressivos. Os investidores aguardam a entrada em vigor de novos estímulos económicos, após a última reunião do Politburo, com a economia chinesa a manter-se em dificuldades para um crescimento mais sustentado.
As tecnológicas, como a Samsung, Alibaba e TSMC estiveram entre os maiores ganhos, com subidas a rondar os 2%.
Os investidores chineses "ainda estão à espera de ver alguma recuperação em indicadores de alta frequência significativos", explicou Alec Jin, analista da abrdn, à Bloomberg.
"Esperamos novas medidas direcionadas que possam estimular o consumo e a procura em setores como o automóvel, eletrónica e bens para a casa", bem como o setor imobiliário, acrescentou.
No Japão, o Nikkei subiu 0,5%, enquanto o Topix valoriza 0,4%. Pela China, Hong Kong avançou 0,1% e Xangai recuou 0,2%. Na Coreia do Sul, o Kospi valorizou 1,2%.