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Volatilidade da inflação leva Stoxx 600 a mínimos de dois meses. Petróleo sobe com queda de stocks
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quarta-feira,
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Volatilidade da inflação, economia e tecto da dívida leva Stoxx 600 a mínimos de dois meses
Os principais índices europeus terminaram a sessão desta quarta-feira com uma forte desvalorização, com o Stoxx 600 a cair para mínimos de dois meses, numa altura em que os investidores se vão focando no impasse em torno do limite da dívida norte-americana.
Ao mesmo tempo, aumentam as preocupações relativamente ao crescimento económico e inflação, depois de uma leitura em alta dos preços no Reino Unido.
O Stoxx 600, índice de referência europeu, caiu 1,81% até aos 457,65 pontos - um valor que não era registado há dois meses. A pressionar estiveram os setores da banca, indústria, automóvel e tecnologia, com uma perda superior a 2%.
As empresas de luxo foram fortemente penalizadas pelo aumento de casos de covid-19 na China, que geram preocupações relativamente à economia do país. A LVMH perdeu 2,05%, ao passo que a Richemont desceu 2,92%.
Para as ações, "as coisas podem ficar piores antes de ficarem melhores, à medida que caminhamos para todos estes condutores de volatilidade, incluindo inflação persistente, desaceleração do crescimento económico e o limite do endividamento dos EUA", explicou Wei Li, analista da BlackRock, numa entrevista à Bloomberg.
Entretanto, do outro lado do Atlântico, as negociações em torno do tecto da dívida norte-americana continuam ainda sem acordo à vista, com indecisão principalmente relativamente cortes na despesa pública pedidos pelos Republicanos.
Pela Europa, o presidente do banco central alemão e membro do conselho do Banco Central Europeu, Joachim Nagel, afirmou que serão necessárias mais subidas das taxas de juro para trazer a inflação de volta aos 2% desejados, o que poderá também estar a penalizar as bolsas.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax cedeu 1,92%, o francês CAC-40 desvalorizou 1,7%, o italiano FTSEMIB perdeu 2,39%, o britânico FTSE 100 caiu 1,75% e o espanhol IBEX 35 cedeu 1,12%. Em Amesterdão, o AEX registou um decréscimo de 1,55%.
Petróleo sobe com queda de inventários nos EUA
Os preços do "ouro negro" seguem a ganhar terreno nos principais mercados internacionais, sustentados pela queda das reservas norte-americanas de crude na semana passada.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, soma 1,77% para 74,20 dólares por barril.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 1,64% para 78,10 dólares/barril.
Juros agravam-se na Zona Euro. Só Portugal viu alívio
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro encerraram maioritariamente a agravar-se, sendo a dívida portuguesa a única exceção. A "yield" da dívida nacional com maturidade a dez anos aliviou 0,6 pontos base para 3,204%, o que significa que os investidores apostaram nas obrigações do país.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, agravaram-se 0,3 pontos base para 2,467% e os juros da dívida italiana subiram 1,6 pontos base para 4,329%.
Os juros da dívida pública espanhola somaram 1,6 pontos base para 3,528% e os juros da dívida francesa aumentaram 0,9 pontos base para 3,045%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica agravaram-se 5,2 pontos base para 4,205%, num dia em que foi divulgado que a inflação no país recuou para os 8,7% em abril.
Dólar perto de máximos de dois meses
O dólar está a negociar perto de máximos de dois meses face às principais divisas rivais, numa altura em que a sessão continua a ser pautada pelas negociações em torno do tecto da dívida norte-americana, ainda sem acordo em vista.
O dólar avança uns ligeiros 0,01% para 0,9286 euros, ao passo que o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra 10 divisas rivais – ganha 0,26% para 103,755 pontos, tendo tocado o valor mais elevado em desde 20 de março.
O impasse em Washington em torno dos limites da dívida dos Estados Unidos está a dar força ao dólar, mesmo com a possibilidade de os EUA entrarem em "default" e levar uma recessão no país.
Ouro perde com investidores a privilegiarem divisa norte-americana em dia de atas da Fed
O ouro está a perder depois de durante a manhã ter valorizado, beneficiando do impasse das negociações sobre o tecto da dívida dos Estados Unidos. Agora, contudo, os investidores estão a privilegiar a moeda norte-americana - também vista como um ativo-refúgio -, enquanto aguardam por desenvolvimentos sobre se os Estados Unidos vão ou não conseguir evitar entrar em incumprimento.
A Secretária do Tesouro, Janet Yellen, tem reforçado os alertas de que tal pode ocorrer já a 1 de junho e que, a confirmar-se, poderá lançar o país numa recessão.
Além disso, os investidores esperam obter uma maior clareza sobre o curso da política monetária com a publicação das atas da Reserva Federal (Fed) norte-americana ao final da tarde.
O ouro a pronto, negociado em Londres, perde 0,34% para 1.968,50 dólares por onça, o paládio recua 3,545 para 1.404,23 dólares, a platina cede 2,43% para 1.030,42 dólares e a prata desvaloriza 1,19% para 23,17 dólares.
Falta de progressos sobre tecto da dívida nos EUA lança maré vermelha em Wall Street
As bolsas norte-americanas abriram em terreno negativo, pressionadas pelo impasse nas negociações sobre o tecto da dívida dos Estados Unidos.
As rondas de conversações decorrem há dias, com a pressão a aumentar à medida que se aproxima o final de maio. Isto porque a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, tem vindo a alertar que a maior potência económica do mundo pode ficar sem dinheiro para fazer face às suas despesas a 1 de junho. Mas, apesar das sucessivas tentativas, democratas e republicanos continuam sem chegar a acordo em temas cruciais, estando a incerteza a deixar os investidores cautelosos e a optarem por ativos de menor risco.
O índice de referência S&P 500 perde 0,52% para 4.123,93 pontos, o industrial Dow Jones recua 0,35% para 32.941,15 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite desvaloriza 0,65% para 12.478,96 pontos.
Os economistas têm alertado que um incumprimento dos Estados Unidos poderia colocar o país em recessão e, entre outros, levar à perda de empregos.
Euribor sobe a seis meses para novo máximo desde novembro de 2008
A taxa Euribor desceu hoje a três meses e subiu a seis e a 12 meses face a terça-feira, no prazo mais curto para um novo máximo desde novembro de 2008.
A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou hoje, ao ser fixada em 3,932%, mais 0,028 pontos, mas abaixo do máximo desde novembro de 2008, de 3,978%, verificado em 09 de março.
Segundo dados de março de 2023 do Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses representa 41% do "stock" de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e três meses representam 33,7% e 22,9%, respetivamente.
A média da taxa Euribor a 12 meses avançou de 3,647% em março para 3,757% em abril, mais 0,110 pontos.
No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho de 2022, também subiu hoje, para 3,744%, mais 0,012 pontos que na terça-feira e um novo máximo desde novembro de 2008.
A média da Euribor a seis meses subiu de 3,267% em março para 3,516% em abril, mais 0,249 pontos.
Em sentido contrário, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, recuou hoje, para 3,415%, menos 0,007 pontos, depois de ter subido em 23 de maio para 3,422%, um novo máximo desde novembro de 2008.
A média da Euribor a três meses subiu de 2,911% em março para 3,179% em abril, ou seja, um acréscimo de 0,268 pontos percentuais.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na mais recente reunião de política monetária, em 4 de maio, o BCE voltou a subir, pela sétima vez consecutiva, mas apenas em 25 pontos base, as taxas de juro diretoras, acréscimo inferior ao efetuado em 16 de março, em 2 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 08 de setembro.
Em 21 de julho de 2022, o BCE aumentou, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Mar vermelho invade Europa. Embracer Group afunda 41%
A Europa começou o dia pintada de vermelho, diante do impasse sobre as negociações sobre o tecto de dívida dos EUA, dos dados da inflação britânica e num dia em que os investidores digerem as mais recentes declarações de um membro do conselho do BCE.
O Stoxx 600 – índice de referência para o mercado europeu – cai 1,40% para 459,56 pontos, para mínimos de 6 de abril,
Entre os 20 setores que compõem o "benchmark" da região, imobiliário e automóvel comandam as perdas, ao deslizar mais de 2%.
Entre as principais praças europeias, Frankfurt cai 1,31%, Paris cede 1,50% e Madrid recua 1,27%.
Londres perde 1,40%, Milão desliza 1,46% e Milão derrapa 1,99%.
Entre as ações que mais estão a atrair a atenção do investidores, estão os títulos do Embracer Group, os quais afundam 41,72%, pressionados pela revisão em baixa do "guidance" para o ano fiscal – que termina em março – motivada pelo fim de uma parceria.
Já a Marks & Spencer escala 10,48%, após os resultados trimestrais terem superado as estimativas do mercado.
Além dos dados da inflação britânica (que ficaram acima do esperado) e do impasse nas negociações sobre o tecto da dívida dos EUA, o sentimento dos investidores está a ser influenciado pelas declarações do presidente do Bundesbank.
Joachim Nagel manteve o discurso "hawkish", ao afirmar, citado pela Bloomberg, que serão necessários mais aumentos das taxas de juro diretoras, a fim de manter a inflação sob controlo.
Juros agravam-se na Zona Euro e "yield" das Gilts em máximos de sete meses
Os juros agravam-se na Zona Euro e no Reino Unido, enquanto os investidores centram as atenções em Londres, onde a inflação ficou acima do esperado pelos analistas.
A "yield" das Bunds alemãs a 10 anos – "benchmark" para a região – agrava-se 1,2 pontos base para 2,476%.
Os juros das obrigações nacionais com vencimento em 2033 somam 2,5 pontos base para 3,235%.
A "yield" da dívida espanhola com a mesma maturidade cresce 2,1 pontos base para 3,533%.
Os juros das obrigações italianas a 10 anos sobem 2,4 pontos base para 4,338%.
Os juros das Gilts britânicas agravam-se 14,3 pontos base para 4,295%, alcançando máximos de outubro do ano passado.
Libra à deriva após dados da inflação e dólar da Nova Zelândia derrapa quase 2%
O euro sobe 0,14% para 1,0784 dólares, momentos antes do discurso da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, por ocasião dos 25 anos da instituição.
A libra britânica negoceia na linha de água (0,03%) para 1,2422 dólares e recua 0,09% para 1,1519 euros.
Os movimentos da moeda britânica ocorrem depois de ter sido divulgado que a inflação no Reino Unido se cifrou em 8,7% em abril, registando a maior quebra mensal desde o início da crise do custo de vida. Ainda assim, o valor do índice de preços no consumidor ficou acima das expetativas dos analistas.
O dólar da Nova Zelândia derrapa 1,83% para 0,6135 dólares norte-americanos, após o banco central do país ter elevado as taxas de juro de referência para 5,5% apontando para um corte das mesmas já no próximo ano.
Por fim, o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força do "green cash" contra 10 divisas – negoceia na linha de água (0,01%) para 103,491 pontos, à espera de novidades acerca das negociações sobre o tecto de dívida dos EUA e da divulgação das atas da última reunião de política monetária da Reserva Federal (Fed) norte-americana.
Ouro ganha diante do impasse sobre tecto de dívida dos EUA
O ouro valoriza, numa altura em que o mercado teme pelo impasse das negociações em torno do tecto de dívida dos EUA e aguarda a divulgação das atas da última reunião de política monetária da Reserva Federal (Fed) norte-americana.
No mercado nova-iorquino (Comex) os futuros do ouro valorizam 1,7% para 1.974,10 dólares por onça. Já em Londres, o preço "spot" do ouro cede 0,18%, para 1.971,09 dólares por onça.
Numa altura em que reina um impasse nas negociações na Casa Branca, aumentando a probabilidade de um "default" dos EUA a 1 de junho, "o Departamento do Tesouro tem estado a pedir às agências federais se podem fazer alguns pagamentos mais tarde", avança o jornal The Washington Post, citando duas fontes próximas do processo.
Esta quarta-feira os investidores aguardam ainda a divulgação das atas da última reunião da Fed, em que o Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC) subiu a taxa dos fundos federais em 25 pontos base – em linha com as expectativas do mercado.
Aviso da Arábia Saudita ofusca impasse na Casa Branca e petróleo sobe
O petróleo valoriza pelo terceiro dia. A preocupação sobre o impasse nas negociações acerca do tecto da dívida dos EUA foi ofuscada pelo aviso do ministro saudita da Energia, Abdulaziz bin Salman aos "short-sellers".
O West Texas Intermediate (WTI) – referência para as importações norte-americanas – ganha 1,17% para 73,76 dólares por barril.
Já o Brent do Mar do Norte – "benchmark" para as importações europeias – valoriza 0,96% para 77,58 dólares por barril.
Abdulaziz bin Salman advertiu os investidores com posições a descoberto para que se mantivessem atentos. Este comentário poderá significar que a OPEP+ irá ponderar cortes adicionais na próxima reunião.
Europa aponta para o vermelho. MSCI Ásia Pacífico em mínimos de uma semana
A Europa aponta para um arranque da sessão em terreno negativo, enquanto as negociações na Ásia fecharam também no vermelho, numa altura em que o suspense sobre as negociações acerca do "debit celling" dos EUA reduz o apetite pelo risco.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 caem 0,6%.
Pela Ásia, o MSCI Ásia Pacífico - "benchmark" da região – fechou em mínimos de uma semana.
Pela China, Xangai perdeu 0,7% e Hong Kong derrapou 1,1%. No Japão, o Topix desvalorizou 0,4% e o Nikkei caiu 0,89%.
Na Coreia do Sul, o Kospi recuou muito ligeiramente (-0,06%).