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Petróleo sobe 1,5% para o valor mais alto desde Junho
A possibilidade de países não pertencentes à OPEP chegarem a um entendimento para limitar a produção está a impulsionar os preços da matéria-prima para máximos de quase quatro meses.
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O petróleo está a valorizar nos mercados internacionais esta quarta-feira, 5 de Outubro, depois de os dados do Instituto do Petróleo Americano terem apontado para uma descida dos inventários e de o ministro do Petróleo da Venezuela ter avançado a possibilidade de um acordo entre a OPEP e outros grandes produtores, que levaria a um corte da produção de 1,2 milhões de barris por dia.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, ganha 1,52% para 49,43 dólares, depois de já ter tocado nos 49,57 dólares por barril, o valor mais alto desde 30 de Junho.
Já o Brent, transaccionado em Londres, sobe 1,49% para 51,63 dólares. Esta manhã, a matéria-prima de referência para Portugal chegou a negociar nos 51,81 dólares, o valor mais elevado desde 10 de Junho.
Segundo o Instituto do Petróleo Americano, os inventários nos Estados Unidos desceram em 7,6 milhões de barris na semana passada.
Por outro lado, os preços estão a ser impulsionados pela possibilidade de grandes produtores não pertencentes à OPEP chegarem a um acordo com o cartel para reduzir a oferta de petróleo.
Num comunicado, o ministro venezuelano do Petróleo, Eulogio Del Pino, diz que esse entendimento entre a OPEP e outros produtores de petróleo fora do cartel poderia resultar num corte da produção diária de 1,2 milhões de barris.
Em conjunto, os membros da OPEP reduziriam a oferta em 700 mil barris por dia - no âmbito do acordo alcançado na semana passada em Argel – enquanto outros produtores cortariam a oferta em 500 mil.
Segundo Del Pino, o grupo de países fora da OPEP que está a discutir limites à produção com a Venezuela inclui a Rússia e o Azerbaijão.