O petróleo está a disparar nos mercados internacionais, corrigindo das fortes quedas registadas na sessão anterior, que levaram a matéria-prima a renovar mínimos de mais de 12 anos. O levantamento das sanções internacionais, que permite ao Irão retomar as exportações de forma generalizada, provocou uma queda acentuada dos preços. Os dados da China estão a contribuir para a a coreccção dos preços.

O Brent, negociado em Londres, avançou um máximo de 5,03% para 30,24 dólares, esta terça-feira, após ter tocado nos 27,67 dólares na sessão anterior, o valor mais baixo desde Novembro de 2003. O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, também avançou um máximo de 2,69% para 30,05 dólares durante a sessão.

O Commerzbank considera que a queda acentuada dos preços na segunda-feira, após o levantamento das sanções internacionais ao Irão, foi uma "reacção instintiva" dos investidores. Eugen Weinberg antecipou, em declarações à Bloomberg, que os preços iriam voltar a subir para valores acima dos 30 dólares, recordando que a procura é elevada.

A China revelou esta terça-feira a evolução do produto interno bruto (PIB). A economia chinesa cresceu 6,9% em 2015, o ritmo mais lento dos últimos 25 anos. Ainda assim, o crescimento foi superior ao estimado pelos analistas, o que permite antecipar uma perspectiva para o abrandamento da procura de petróleo menos pessimista.

Apesar da tendência de valorização registada esta terça-feira, a Agência Internacional de Energia (AIE) considera que os preços irão recuar ainda mais este ano. No relatório mensal, publicado esta terça-feira, a AIE defende que a procura continua reduzida e que o aumento de petróleo no Irão irá anular o recuo na oferta nos países fora da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).