O petróleo está a disparar 5% nos mercados internacionais, voltando a negociar perto dos 30 dólares por barril. A divulgação de uma subida das reservas de matéria-prima inferior ao esperado nos EUA e o anúncio de mais estímulos por Mario Draghi impulsionaram as cotações, afastando-as de mínimos de 2003.

O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, tocou nos 30,25 dólares por barril, depois de ter caído abaixo da fasquia dos 27 dólares na sessão anterior. Segue a avançar 5,47% para 29,90 dólares por barril. O Brent, transaccionado em Londres, que serve de referência para a Europa, dispara 5,34% para 29,38 dólares por barril.

A Administração de Informação em Energia dos EUA revelou que as reservas norte-americanas aumentaram 3,98 milhões de barris na semana passada, para 486,5 milhões de barris. Uma contagem inferior aos 4,6 milhões de barris que tinham sido avançados pelo Instituto Americano de Petróleo, na sessão anterior, o que motivou uma subida do chamado "ouro negro".

O discurso do presidente do BCE, Mario Draghi, que admitiu um reforço dos estímulos em Março, impulsionando as acções e fomentando o optimismo dos investidores, também está a contribuir para a subida dos preços do crude.

"O petróleo está a procura do ponto mais baixo" a partir do qual irá recuperar, disse Rob Thummel, à Bloomberg. "Não consigo afirmar se já o encontrámos, mas parece que há muita gente a testá-lo, após este relatório", diz o gestor de portefólio da Tortoise Capital Advisors LLC.