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Petróleo abaixo de 27 dólares em Nova Iorque

Os preços por barril renovam mínimos de 12 anos perante excesso de oferta no mercado e preocupações com o ritmo de procura dos maiores consumidores mundiais. O regresso em força do Irão acrescenta pressão.

Bloomberg
20 de Janeiro de 2016 às 17:00
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O preço do barril de petróleo West Texas Intermediate (WTI), que negoceia em Nova Iorque, renovou esta quarta-feira mínimos de 12 anos, perante preocupações com excesso de oferta acentuadas pelo regresso do Irão à exportação e pelo abrandamento da economia chinesa, um dos maiores consumidores mundiais de ouro negro.

Às 16:30, a unidade de referência para os EUA cedia 5,27% para os 26,96 dólares – valor mais baixo desde Outubro de 2003 -, movimento que era acompanhado do lado do barril que transacciona em Londres e serve de matriz às compras de Portugal: o valor do brent recuava 4,03% para 27,6 dólares, em mínimos de Novembro de 2003.

O recuo do valor destas matérias-primas energéticas acontece pela terceira sessão consecutiva no caso do WTI, depois de no início da semana o crescimento da economia chinesa ter desapontado e numa altura em que os analistas do banco suíço UBS apostam numa queda ainda maior nos preços caso o Irão acelere as exportações.

"Não vejo uma interrupção nas quedas – nem uma recuperação – nos próximos tempos. (…) O levantamento das sanções ao Irão, a meu ver, continuará a acrescentar oferta", disseram à Bloomberg Francine Lacqua e Hans Nichols.

O Irão deu já esta semana ordens para aumentar a produção diária em 500 mil barris, depois de a Agência Internacional de Energia Atómica ter garantido que o país reduziu a sua capacidade para desenvolver armas nucleares, levantando as sanções internacionais que impediam a exportação de petróleo.


Já esta terça-feira a Agência Internacional de Energia tinha alertado para um "afogamento" do mercado em excesso de produção penalizando ainda mais os preços, numa altura em que os países do cartel da OPEP abandonaram a indicação de um tecto máximo de produção diário.

A Venezuela - um dos países desta comunidade de exportadores e um dos mais expostos à instabilidade económica resultante da queda dos preços do ouro negro - pediu entretanto aos outros 12 países do cartel uma reunião de emergência da OPEP já para Fevereiro, que segundo a Bloomberg ainda não terá tido resposta. Há cerca de uma semana, numa entrevista em Abu Dhabi citada pela Bloomberg, o ministro nigeriano da Energia avançava que os 13 membros da OPEP deveriam reunir-se no início de Março. 

À agência espanhola EFE, uma fonte considerou "pouco provável" que a reunião antecipada aconteça, dada a resistência de alguns países membros. Para que a organização se encontre antes da reunião regular de Junho, é necessário que todos os membros dêem o seu acordo.

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