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Fecho dos mercados: Draghi impulsiona bolsas. Petróleo nos 30 dólares

Mario Draghi declarou que o BCE poderá avançar com mais estímulos monetários já em Março. Uma declaração que impulsionou as acções europeias e o petróleo, que voltou a tocar nos 30 dólares em Nova Iorque.

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The Stoxx Europe 600 Index Rises Two Percent
21 de Janeiro de 2016 às 17:31
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Os mercados em números

PSI-20 subiu 2,72% para 4.683,00 pontos

Stoxx 600 subiu 1,93% para 328,51 pontos

S&P 500 valoriza 1,06% para 1879,09 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal sobe 16,9 pontos base para 3,095%

Euro recua 0,47% para 1,0839 dólares

Petróleo sobe 5,67% para 29,46 dólares por barril, em Londres

 

Draghi impulsiona acções europeias

As bolsas europeias recuperaram de mínimos de 15 meses, após o Banco Central Europeu (BCE) admitir avançar com mais estímulos monetários em Março. O Stoxx 600 avançou 1,93% para 328,51 pontos, a maior subida num mês. As exportadoras e as produtoras de matérias-primas lideraram os ganhos no índice. A praça italiana destacou-se ao valorizar 4,2%.

Em Lisboa, o PSI-20 acompanhou a tendência de ganhos das congéneres europeias. O índice de referência nacional subiu 2,72% para 4.683,00 pontos, com 15 cotadas em alta e duas em queda. Esta é a maior subida desde Outubro. O BCP destacou-se ao disparar 12,72% para 3,81 cêntimos, a maior subida desde Julho de 2014, impulsionando o índice. A Galp Energia também contribuiu, ao apreciar 3,30% para 9,395 euros, acompanhando a subida do petróleo. 
    

Juros sobem após alteração das linhas de obrigações

Os juros das obrigações europeias recuaram, após Mario Draghi sinalizar a introdução de mais estímulos em Março. Pelo contrário, os juros das obrigações nacionais apreciaram. A justificar estas subidas estão as alterações feitas pelo IGCP às linhas de obrigações que são consideradas como referência para cada maturidade. Assim, a "yield" das obrigações a 10 anos avançou 16,9 pontos base para 3,095%, acima da fasquia dos 3%. Os juros das "bunds" alemãs recuaram 3,1 pontos para 0,451%, o que levou o "spread" a avançar para 264,3 pontos.

Taxas Euribor fixam novos mínimos históricos

As Euribor a três, seis e nove meses fixaram novos mínimos históricos, esta quinta-feira. A Euribor a três meses caiu de -0,144% para -0,146%, o valor mais baixo de sempre. A taxa a seis meses, o indexante mais utilizado no crédito à habitação em Portugal, caiu de -0,061% para -0,065%, fixando um novo mínimo pela segunda sessão consecutiva. A Euribor a nove meses caiu para -0,014%. A taxa a 12 meses desceu para 0,042%, ainda acima do mínimo de 0,039%.

 

Euro cai após declarações de Draghi

O euro está a desvalorizar 0,47% para 1,0839 dólares, a maior queda em quase duas semanas, após Mario Draghi admitir que os riscos negativos sobre o crescimento e a inflação da Zona Euro aumentaram, levando o BCE a preparar a introdução de mais estímulos em Março. A moeda única chegou a recuar 0,93% para 1,0789 dólares, um mínimo de 7 de Janeiro, durante a sessão.

Inventários levam petróleo para os 30 dólares

O petróleo está a recuperar esta quinta-feira, após ter transaccionado abaixo dos 27 dólares na sessão anterior. A perspectiva do reforço dos estímulos pelo Banco Central Europeu já em Março impulsionou as acções europeias e o optimismo dos investidores. Além disso, os inventários de crude nos EUA avançaram menos do que inicialmente previsto. A Agência de Administração de Energia norte-americana revelou que as reservas cresceram 3,98 milhões de barris na semana passada, uma contagem inferior aos 4,6 milhões de barris que tinham sido avançados pelo Instituto Americano de Petróleo.

 

Após a publicação destes dados, o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, está a valorizar 5,54% para 29,92 dólares por barril, depois de ter chegado a tocar nos 30 dólares por barril. O Brent, negociado em Londres, que serve de referência para as importações europeias, avança 5,67% para 29,46 dólares.

 

Ouro perde brilho 

O ouro está a desvalorizar, após uma sessão de fortes ganhos em que beneficiou da procura de activos de refúgio pelos investidores, numa sessão marcada por fortes quedas nos mercados accionistas. A valorização do dólar face a um cabaz de moedas de referência torna o investimento em ouro menos atractivo. O metal precioso recua 0,57% para 1.094,63 dólares por onça, novamente abaixo da fasquia dos 1.100 dólares. 

 

Destaques do dia

 

Draghi admite mais estímulos já em Março. O presidente do BCE diz que as medidas estão a funcionar, mas os riscos negativos sobre o crescimento e a inflação da Zona Euro aumentaram. As equipas técnicas do BCE vão preparar-se para decisões de mais estímulos.

 

Bancos internacionais voltam a adiar decisão sobre Novo Banco. A associação de entidades envolvidas na negociação de instrumentos financeiros derivados quer obter mais informação para definir se houve um evento de sucessão. A decisão foi adiada para Fevereiro.

 

Sem alteração das linhas de obrigações, juros portugueses estariam a descer Portugal está a registar fortes subidas nas taxas de juro. Desempenhos explicados pelas alterações feitas pelo IGCP às linhas de obrigações que são consideradas como referência para cada maturidade. Sem esse efeito, os juros estariam a recuar.

 

Famílias reforçam aposta nos certificados do Tesouro em Dezembro. Os pequenos investidores aplicaram um total de 3.528 milhões de euros em títulos de dívida pública vendidos no retalho em 2015. O valor é mais baixo do que o registado em 2014, ficando aquém da meta revista pelo Estado.

 

BCP não está preocupado com análise do BCE ao malparado. O vice-presidente do BCP não sabe se o banco já foi contactado pela autoridade europeia, mas diz que está pronto a prestar informação sobre incumprimento em empréstimos cujo nível, garante, "não é preocupante". 
 
            

O que vai acontecer amanhã

Dados económicos na Zona Euro. O Eurostat publica estatísticas da dívida soberana e défice da Zona Euro, relativos ao terceiro trimestre de 2015. A Markit divulga o índice de gestores de compras (PMI) compósito, relativo a Janeiro.

Crédito à habitação. O INE publica as taxas de juro implícitas no crédito à habitação, relativas a Dezembro.

"Ratings". As agências de notação financeira têm agendadas possíveis revisões de "ratings" da dívida soberana de vários países, entre os quais a Grécia (S&P), Bélgica (Fitch), França e Irlanda (Moody’s).

  1. Davos. Prossegue o Fórum Económico Mundial, que decorre até 23 de Janeiro, no qual participam nomes de relevo no panorama político e empresarial de todo o mundo. 
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