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Alerta de excesso de oferta da AIE leva petróleo a cair mais de 2%
O petróleo está a desvalorizar, depois das fortes subidas da sessão anterior. A AIE antecipa que o excesso de oferta no mercado, que tem pressionado os preços, irá prolongar-se até 2017.
O petróleo está a desvalorizar após uma sessão de fortes subidas. Os desenvolvimentos para a concretização de um acordo entre os maiores exportadores de petróleo mundiais para estabilizar a oferta não são suficientes para eliminar o excedente de matéria-prima no mercado.
O Brent, negociado em Londres, que serve de referência para as importações europeias, está a perder 2,10% para 33,96 dólares por barril. O West Texas Intermediate desvaloriza 2,25% para 32,63 dólares por barril, após ter disparado 7% na sessão anterior, no seguimento de desenvolvimentos no acordo entre os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e a Rússia para congelar a produção.
A Agência Internacional de Energia (AIE) antecipa que o excesso de oferta no mercado irá manter-se até 2017 e só depois disso os preços irão começar a subir. Em 2020 chegarão aos 80 dólares, declarou o presidente da AIE, Fatih Birol, esta segunda-feira, 22 de Fevereiro.
"Só em 2017 veremos finalmente a procura e a oferta de petróleo alinhada, mas as enormes reservas que estão a ser acumulados servirão para contrariar a recuperação dos preços no mercado", refere a AIE, num relatório. No que parece ser "uma nova era dos preços baixos do petróleo", com o "primeiro mercado petrolífero verdadeiramente livre", o petróleo irá permanecer barato, "a não ser que haja um grande factor geopolítico", diz a organização internacional.
A Rússia, a Arábia Saudita, a Venezuela e o Qatar acordaram congelar a produção de petróleo nos níveis de Janeiro. Mas, exigem a cooperação de outros países, nomeadamente do Irão e do Iraque, que já demonstraram o seu apoio, mas não indicaram se irão participar. Os analistas consideram que é improvável que o Irão aceite travar a produção após ter conseguido permissão para voltar a exportar e assim recuperar a sua quota de mercado.