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Petróleo cai 2% com membros da OPEP reunidos em Viena

Os representantes dos países da OPEP já estão reunidos em Viena, mas o mercado não acredita num acordo para o corte da produção. O petróleo cai 2% para mínimos de mais de quatro anos.

Reuters
27 de Novembro de 2014 às 10:42
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O petróleo está a acentuar as quedas nos mercados internacionais, numa altura em que os representantes dos membros da OPEP já estão reunidos em Viena, Áustria. Um encontro que terá como tema central o eventual ajustamento da produção, como forma de contrariar as quedas dos preços da matéria-prima.

 

O Brent, negociado em Londres e que serve de referência às importações europeias, cai 2,01% para 76,19 dólares enquanto o West Texas Intermediate (WTI) cede 1,82% para 72,35 dólares. Tanto em Londres como em Nova Iorque a matéria-prima negoceia em mínimos de mais de quatro anos.

 

"A reunião da OPEP não será muito difícil", disse o ministro do petróleo iraniano, Bijan Zanganeh, à entrada do encontro, em declarações aos jornalistas. Já o ministro da energia dos Emirados Árabes Unidos, Suhail Al-Mazrouei, afirmou que o longo prazo é mais importante que o preço actual do petróleo.

 

Por outro lado, o ministro dos Negócios Estrangeiros venezuelano, Rafael Ramirez, garantiu que o seu país vai propor que a OPEP reduza a produção, já que existe um excesso de oferta de dois milhões de barris por dia.

 

"Todos estão preocupados com os preços do petróleo e, por isso, torna-se necessário um corte colectivo na produção", explicou o responsável, acrescentando que o Equador partilha da mesma visão, pelo que os dois países farão uma proposta conjunta.

 

Os países da OPEP são responsáveis por 40% do fornecimento global de petróleo e têm estado sob pressão para reduzir a sua produção, já que o excesso de oferta, conjugado com a queda da procura e com a valorização do dólar tem conduzido a uma queda nos preços da matéria-prima.

 

No entanto, não tem existido consenso entre os vários membros. Num encontro preparatório realizado ontem, os países não chegaram a um acordo quanto à necessidade de ajustar a produção. O ministro saudita do petróleo disse mesmo que não é necessário reduzir a produção de petróleo porque os preços da matéria-prima vão estabilizar.

 

"A reunião da OPEP é o grande evento", disse à Bloomberg Michael McCarthy, estratega da CMC Markets. "As acções da Arábia Saudita no último mês indicam claramente ao mercado que a OPEP não deverá chegar a um acordo para reduzir a produção, ou se chegar, o mercado vai duvidar da sua intenção".

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