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Marcelo: "A democracia está viva", embora não seja "perfeita nem acabada"

O Presidente da República defendeu que a democracia tem de ser "mais livre, mais igual, mais justa, mais solidária".

Miguel Baltazar
05 de Outubro de 2024 às 12:05
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou este sábado que "a democracia está viva", embora não seja "perfeita nem acabada", e defendeu que tem de ser "mais livre, mais igual, mais justa, mais solidária".

O chefe de Estado discursava na sessão solene comemorativa do 114.º aniversário da Implantação da República, cerimónia a que assistiram apenas convidados, fechada ao público, que não podia aceder à Praça do Município, em Lisboa.

No início da sua intervenção, o chefe de Estado afirmou que "o 5 de Outubro está vivo, porque a República está viva, a democracia está viva em Portugal", acrescentando mais à frente que "não é perfeita nem acabada, longe disso".

"A mais imperfeita democracia é muito melhor do que a mais tentadora ditadura. Por isso vale a pena aqui virmos todos os anos, até para dizermos que queremos que a nossa República democrática seja mais livre, mais igual, mais justa, mais solidária, para o bem de Portugal, que é o que nos une agora e sempre", defendeu, no fim do seu discurso.

O Presidente da República considerou ainda que a chegada de imigrantes de diferentes religiões a Portugal criou um "mosaico riquíssimo" e defendeu que o país deve ser tolerante e plural.

O chefe de Estado falou dos portugueses que emigraram neste século e também dos imigrantes, "falantes e não falantes de língua portuguesa", que chegaram ao país.

"Tudo hoje perfazendo 11 milhões vivendo cá dentro, e mais do que esses 11 milhões nacionais e lusodescendentes vivendo lá fora. E, nos que vivem cá dentro, um milhão de não nacionais, neles claramente dominando os lusófonos", referiu.

Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou que "República e democracia viram como, ao lado do catolicismo, avultaram outras importantes confissões cristãs, em rápida subida, e também outros numerosos credos e igrejas e não crentes", e comentou: "Mosaico riquíssimo, bem diferente de alguns dos nossos vizinhos europeus".

Na parte final do seu discurso, o Presidente da República defendeu os valores da liberdade, pluralismo e tolerância: "Viver com liberdade é muito melhor do que viver com repressão. Pluralismo é muito melhor do que verdade única. Tolerância e universalismo é muito melhor do que aversão ao diferente e fechamento". 

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