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Carlos Moedas: "O país não pode ficar refém de ansiedades pessoais e partidárias"
O presidente da Câmara de Lisboa frisou que "o país não pode parar" e apontou que não devem ser os estados de alma a guiar os líderes políticos.
O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, defendeu este sábado, na cerimónia de comemoração do 114.º aniversário da implantação da República, que "o país não pode ficar refém de ansiedades pessoais e partidárias".
Apesar de não fazer referências explícitas à negociação do Orçamento do Estado para 2025 entre PS e Governo, o autarca defendeu que "hoje, quando se fala de fala de bloqueios e de travar medidas essenciais para o futuro do país, devemos ser claros: o país não pode parar".
"É o estado do país e não os estados de alma que devem guiar os líderes políticos", acrescentou.
"Quantas vezes na nossa história nos desviámos do caminho porque foram preferidas vaidades pessoais e interesses partidários em vez do bem comum ou do interesse nacional?", questionou Carlos Moedas, que no seu discurso falou ainda na imigração para reconhecer a importância dos imigrantes, mas recusar uma política de "portas escancaradas que conduz à desordem".
"Se hoje temos um claro problema de pessoas em situação de sem-abrigo no país, deve-se também à irresponsabilidade em lidar com a imigração. Esta irresponsabilidade aumenta a desconfiança na nossa sociedade e alimenta os extremismos de um lado e de outro", alertou.
O autarca aproveitou também o seu discurso para anunciar que o município conseguiu resolver na sexta-feira o problema dos imigrantes que estavam a viver há vários meses em tendas junto à igreja dos Anjos.
"Hoje posso dizer que ontem resolvemos uma das situações mais graves da nossa cidade. Ontem ajudamos todas as pessoas que estavam à volta da Igreja do Anjos a encontrar um teto", referiu.
A tradicional sessão solene na Praça do Município, em Lisboa, foi pelo segundo ano consecutivo vedada ao público.