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OPEP+ considera corte extra de 500 mil barris por dia para conter impacto do vírus
O cartel dos maiores produtores de petróleo está a considerar um um corte extraordinário na próxima reunião, a realizar ainda este mês, para travar o impacto do vírus. O Brent já derrapou mais de 17% desde que os alarmes soaram.
O cartel, que pondera antecipar a data da reunião de março para o final da próxima semana (14 e 15 de fevereiro), está a ponderar tomar medidas, numa altura em que os preços do petróleo têm conhecido fortes quedas consecutivas, segundo a agência Reuters.
Para já, a OPEP e a Rússia vão realizar uma reunião técnica nos próximos dois dias (4 e 5 de fevereiro), em Viena, na Áustria, para analisarem a conjuntura da matéria-prima, com o objetivo de eventualmente ajustar as quotas de produção e controlar os preços.
Este encontro do comité técnico antecede a reunião da OPEP+ marcada inicialmente para 5 e 6 de março (mas que deverá ser antecipada, falando-se em 14 e 15 de fevereiro) e destinada a fazer um balanço do novo corte de produção anunciado na última reunião, em novembro, altura em que o cartel definiu uma redução adicional da oferta, de 500 mil barris por dia, para os primeiros três meses de 2020 - o que faz com que o corte total da oferta de crude no mercado se tenha fixado nos 1,7 milhões de barris por dia.
Importa saber se os 24 países - 14 membros da OPEP e os seus 10 aliados - estão a cumprir as suas quotas de produção, já que se "prevaricarem" e excederem os níveis de produção estabelecidos, podem minar os esforços gerais. A Arábia Saudita terá uma mão forte, uma vez que o reino saudita precisa que os preços do pet´roleo subam para equilibrar o seu orçamento e porque a estatal Aramco só tem a ganhar com preços mais altos.
Esta queda é, possivelmente, o mais forte choque da procura que o mercado petrolífero já sofreu desde a crise financeira mundial de 2008 e 2009, e a mais súbita redução desde os ataques do 11 de setembro.