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Fecho dos mercados: Petróleo afunda para mínimos de um ano e bolsas europeias respiram com injeção da China

A Europa fechou a sessão de hoje a negociar em território positivo, com as ações a serem impulsionadas pela injeção de capital do Banco Central da China, para combater o impacto económico que o vírus está a ter na região. O petróleo segue em mínimos de um ano.

03 de Fevereiro de 2020 às 17:32
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Os mercados em números

PSI-20 desceu 0,51% para 5.225,04 pontos

Stoxx 600 ganhou 0,25% para 411,72 pontos

S&P500 avança 0,72% para 3.248,76 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 1 ponto base para 0,267%

Euro recua 0,25% para 1,1065 dólares

Petróleo em Londres cai 3,46% para 54,66 dólares o barril

 

Europa respira com injeção de capital
Os principais mercados europeus terminaram a sessão de hoje em território positivo com o Stoxx 600, o índice que reúne as 600 maiores cotadas da região, a valorizar 0,25% para 411,72 pontos.

Numa sessão em que o destaque foi para o regresso dos mercados da China à negociação, depois de vários dias encerrados devido ao feriado do Ano Lunar, posteriormente prolongado devido ao coronavírus, os mercados na Europa receberam com bons olhos a notícia de que o banco central do país iria injetar largas quantias de dinheiro na economia do país. 

O Banco Central da China injetou 900 mil milhões de yuans de fundos por meio de operações de recompra reversa e as autoridades chinesas impuseram limites à venda de títulos cotados em bolsa a descoberto para tentar conter o pânico.

Por cá, o índice
 PSI-20 não conseguiu seguir o desempenho positivo das restantes praças europeias, com o índice português a ser penalizado sobretudo pelas cotadas do setor energético. A Galp Energia desceu 2,2% para 13,34 euros, com a empresa liderada por Carlos Gomes da Silva a ser arrastada pela desvalorização dos preços do petróleo.

 

Juros da Zona Euro mistos
Os juros da dívida das maiores economias da Zona Euro seguem hoje caminhos distintos. Se por um lado, os juros da dívida alemã a dez anos perdem 0,8 pontos base para os -0,445%, os pares portugueses e italianos seguem a subir. Os juros nacionais sobem 1 ponto base para os 0,267% e os transalpinos avançam 1,7 pontos base para os 0,947%.

 

Libra derrapa após discurso de Boris
A moeda britânica reagiu mal ao discurso do primeiro-ministro e líder do Partido Conservador e liderou as maiores quedas entre um grupo das dez principais moedas, ao depreciar 1,63% para os 1,229 dólares, a maior queda das últimas sete semanas. Por sua vez, a divisa norte-americana beneficiou dos dados industriais fortes, com o PMI a fixar-se nos 51,9 pontos em janeiro, acima das expectativas. 

Boris Johnson disse que vai rejeitar um relacionamento próximo com a UE, recusando ficar alinhado às regras europeias e sob jurisdição dos tribunais comunitários deixando a relação entre ambos ainda mais instável.

O euro recua 0,25% para 1,1065 dólares.

 

WTI abaixo dos 50 dólares pela primeira vez em um ano. Brent em mínimos
Os preços do petróleo mantêm a tendência negativa das últimas semanas, pressionados pelo impacto que o coronavírus chinês está a ter na procura global pela matéria-prima. Hoje, o Brent - que serve de referência para Portugal - perde 3,46% para 54,66 dólares por barril.

O norte-americano WTI (West Texas Intermediate) desvaloriza 2,46% para os 50,29 dólares, tendo caído abaixo do patamar dos 50 dólares por barril durante a sessão, pela primeira vez, em cerca de um ano.

Nos próximos dois dias, os departamentos técnicos dos países que compõem a OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e os aliados), vão-se reunir em Viena, na Áustria, para definir uma estratégia para amenizar o impacto que o coronavírus está a ter nos preços do "ouro negro". 

A procura de petróleo da China diminuiu em cerca de três milhões de barris por dia, o que corresponde a 20% do consumo total.

 

Ouro deprecia com receios da joelharia chinesa
O ouro pôs fim a um ciclo vitorioso que culminou com um máximo de três semanas, beneficiando com a fuga aos ativos de maior risco por parte dos investidores, mas não se livrou do impacto do coronavírus. A hipótese de que as vendas das maiores joelharias a retalho na China possam ser impactadas pelo vírus que teve origem no país conduziu o metal precioso para território negativo, ao cair 0,75% para os 1.557,17 dólares por onça.

 

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