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Economistas cortam previsões de crescimento da China devido ao vírus

Vários economistas de bancos de investimentos diferentes, desde o Goldman Sachs até ao UBS, mostram-se menos otimistas com a saúde da segunda maioria economia do mundo, que está a ser pressionada pelo coronavírus.

EPA
04 de Fevereiro de 2020 às 09:22
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O impacto do coronavírus na economia da China ainda é incalculável mas, para já, alguns dos principais bancos de investimento em todo o mundo estão a rever em baixa as estimativas de crescimento do PIB (produto interno bruto) chinês para o primeiro trimestre este ano. 

A queda mais pronunciada vem do suíço UBS que reduziu a previsão de crescimento da segunda maior economia do mundo de 5,9% para 3,8% nos primeiros três meses de 2020. Para além deste banco, também Goldman Sachs (cortou para 4%, de 5,6%), Citi (4,8%, de 5,9%), Macquarie (4%, de 5,8%) ou a Standard Chartered (4,5%, de 6%) se mostraram menos otimistas.

O analista do Barclays Jian Chang prevê que o impacto do vírus na saúde da economia chinesa possa ser pior do que o estimado anteriormente, apesar de considerar que os efeitos serão temporários e limitados apenas a alguns setores, segundo a Bloomberg. 

Já ontem, o Banco Central da China injetou 900 mil milhões de yuan de fundos por meio de operações de recompra e as autoridades chinesas impuseram limites à venda a descoberto de títulos cotados em bolsa para tentar conter o pânico.

Os bancos centrais de todo o mundo têm tentado resgatar economias e mercados financeiros desde a crise financeira de 2008. No entanto, os decisores de política monetária enfrentam uma grande incógnita com o impacto do vírus, numa altura em que a economia chinesa já estava a abrandar. 

"Duvidamos que as medidas anunciadas segunda-feira sejam suficientes para colocar a economia da China de volta no caminho certo", disse Hubert de Barochez, analista da Capital Economics, numa nota divulgada pelo CNBC, acrescentando que "os cortes mais recentes não farão nada diretamente para compensar o impacto da atividade económica".


Por esta altura, o vírus que teve origem na China e que afeta as vias respiratórias, já causou a morte de 427 pessoas, depois de ter sido confirmada já hoje a primeira vítima mortal em Hong Kong. Este é o segundo caso mortal registado fora da China, depois da morte de um cidadão nas Filipinas na semana passada. 

Hoje, a moeda e as bolsas da China estabilizaram, depois de os receios sobre o vírus terem atingido o yuan e terem feito o índice de Xangai perder 400 mil milhões de dólares.
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