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Coronavírus e queda do preço do petróleo levam OPEP a ponderar reunir-se mais cedo

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo continua na linha da frente a tentar fazer subir os preços da matéria-prima.

Reuters
30 de Janeiro de 2020 às 00:29
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O vírus mortal com origem na China tem estado a suscitar grandes receios em todo o mundo, e não apenas em torno da saúde. Os investidores começaram já a fugir dos ativos de risco, preferindo a segurança dos chamados valores-refúgio, numa altura em que se teme os efeitos desta doença na economia global.

 

O petróleo tem sido duramente penalizado pela perspetiva de uma menor procura por esta matéria-prima – e o aumento dos inventários de crude nos Estados Unidos só contribui para abater ainda mais as cotações nos mercados internacionais.

 

Perante este cenário, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) está a pensar antecipar uma reunião que tinha inicialmente agendada para março, anunciou esta noite, citado pela Bloomberg, o ministro argelino da Energia, Mohamed Arkab.

 

De acordo com Arkab, é provável que o encontro marcado para março seja antecipado para fevereiro – nos próximos dias será tomada uma decisão a esse propósito.

 

Recorde-se que a OPEP+ – membros do cartel e seus aliados – decidiu no passado dia 5 de dezembro não só prolongar os cortes de produção até ao fim de março de 2020 como também reforçar a dimensão da retirada de crude do mercado.

 

Resta saber se todos os países cumprirão as suas quotas, já que se "prevaricarem" e excederem os níveis de produção estabelecidos, rapidamente o acordo fica "apenas no papel". Neste domínio, a Arábia Saudita terá um papel crucial, tendo até anunciado que iria mesmo fechar ainda mais a sua torneira – até porque a estatal Saudi Aramco se estreou em bolsa e só tem a ganhar com preços mais altos.

 

O cumprimento do plafond de produção é muito importante, já que o esforço concertado de corte da oferta levado a cabo por estes 24 países – os 14 membros da OPEP e os seus 10 aliados, onde se inclui a Rússia – tem sido minado pelo aumento da produção de petróleo de xisto ("shale oil") nos Estados Unidos, que em 2019 atingiu um máximo de sempre, tornando o país no maior produtor mundial.

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