A Comissão da Concorrência suíça anunciou esta segunda-feira que abriu uma investigação contra sete bancos por indícios de acordos ilícitos na negociação dos metais preciosos. A investigação abrange os bancos suíços UBS e Julius Bär e as instituições financeiras internacionais Deutsche Bank, HSBC, Barclays, Morgan Stanley e Mitsu, refere o regulador em comunicado. 

A investigação concerne "em particular, possíveis acordos de fixação dos preços, nomeadamente no que concerne os 'spreads'" cobrados, refere o comunicado do regulador. Ouro, prata, platina e paládio são os metais em causa, indica o regulador. 

A investigação, que poderá abranger ainda mais bancos, poderá durar até 2017 e a sanção máxima será uma multa, acrescentou o porta-voz da Comissão da Concorrência, citado pela Bloomberg. O Deutsche Bank declarou que está a colaborar com os pedidos de informação de "certas autoridades reguladores" sobre preços de referência de metais preciosos, refere a Bloomberg, indicando que as outras instituições não quiseram comentar o caso.

Em Agosto, a Comissão Europeia confirmou que estava a investigar a manipulação dos preços de metais preciosos no mercado europeu. A investigação surgiu no seguimento de um inquérito sobre a manipulação dos preços dos metais preciosos nos Estados Unidos referente a pelo menos 10 bancos. Em Maio, seis grandes bancos mundiais chegaram a acordo com as autoridades para o pagamento de coimas no valor de 5,6 mil milhões de dólares (cerca de 5 mil milhões de euros) no âmbito de casos de manipulação do mercado de divisas.