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Robinhood acusa Musk de "teorias da conspiração". Empresa injeta mais 2,4 mil milhões como colateral

O CEO da aplicação de "trading" acusou o líder da Tesla e da Space X de "entrar por teorias da conspiração" contra si no caso da GameStop. Num direito na internet, Vlad Tenev explicou ainda o porquê da injeção de capital de mil milhões de dólares.

01 de Fevereiro de 2021 às 16:14
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Vlad Tenev, o CEO da aplicação de "trading" Robinhood, que tem estado sob fortes acusações em torno da polémica com a GameStop e outras empresas, disse que Elon Musk, o líder da Tesla e da Space X, está a "entrar por teorias da conspiração" nas acusações que tece sobre um alegado conluio entre a corretora e os fundos de investimento.

Numa entrevista feita pelo próprio Musk, no direto Good Time Clubhouse, Tenev defendeu-se das críticas feitas pelo criador da Tesla, mas também de vários membros do Congresso norte-americano, como é o caso dos adversários políticos Alexandria Ocasio-Cortez, uma democrata eleita para a Câmara dos Representantes por Nova Iorque, e Ted Cruz, republicano eleito no Texas.

Musk acusou Tenev de haver "alguma coisa obscura" no facto de a Robinhood ter bloqueado os investimentos de investidores particulares em 13 cotadas onde se inseria a GameStop, algo que provocou uma fúria generalizada em todas as redes sociais, como o Reddit ou no Twitter. O líder da aplicação de "trading" respondeu dizendo que Musk estava a "entrar um pouco em teorias da conspiração".

"Nao tivemos outra opção senão suspender os investimentos", disse Tenev, acrescentando que a empresa teria de responder "aos requisitos regulatórios de capital".

Robinhood injeta mais 2,4 mil milhões como colateral
Na semana passada, a Robinhood foi obrigada a injetar mil milhões de dólares para acautelar uma possível venda massiva de ações detidas na retalhista de videojogos, o chamado colateral, uma exigência que surgiu por parte da Clearing House - a 
NSCC (National Securities Clearing Corporation) - que regula e garante o normal funcionamento das transações nos mercados financeiros. 

Agora, a empresa anunciou nesta segunda-feira que realizou uma operação semelhante no valor de 2,4 mil milhões de dólares, o que a juntar aos mil milhões da semana passada, dá à corretora margem para acautelar qualquer imprevisto.

Como explicou Tenev a Musk, na entrevista com Musk, o requisito inicial, da semana passada, da NSCC era que a Robinhood injetasse 3 mil milhões de dólares como colateral, para garantir que havia dinheiro disponível em caixa, para acautelar qualquer movimento de venda concertada. Um valor que Tenev considerou "com uma magnitude muito superior do que tipicamente acontece". 

"A injeção de capital é um forte sinal de confiança dos investidores que nos ajudará a continuar a servir os nossos clientes", escreveu na altura, numa nota enviada à Bloomberg, um porta-voz da Robinhood, acrescentando que "o dinheiro permitirá que a empresa continue a investir no seu crescimento". 

Mas ainda assim, mesmo com o depósito, a Robinhood levantou apenas algumas restrições a empresas como a GameStop, que valorizou cerca de 150% na mahã da última sexta-feira, graças a isto. E nesta segunda-feira, as restrições continuam.

Os investidores podem comprar apenas uma ação da GameStop e têm uma carteira de opções de mais cinco contratos diferentes. No entanto, a aplicação reduziu a lista de empresas cujo investimento estava a ser bloqueado de 50 para apenas oito. 

Questionado por Musk se no futuro poderão surgir mais limites para a negociação, Tenev disse que "haverá algum limite teórico. Não temos capital infinito".

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