A SEC, reguladora do mercado de capitais dos EUA, está a investigar a Cobalt International para apurar os contornos dos seus negócios em Angola e a sua relação com a Nazaki Oil and Gaz, uma empresa que alegadamente é detida por altos funcionários da Presidência da República de Angola e da Sonangol e a Alper Oil, outra empresa daquele país.

A Cobalt detém 40% dos consórcios dos blocos petrolíferos 9 e 20, sendo que uma das parceiras é a Nazaki Oil an Gaz. A SEC pretende agora averiguar se esta relação decorre do tráfico de influência. A Cobalt International diz estar a cooperar totalmente com a SEC, segundo o site houston.citybizlist.com.

O tiro de partida para esta investigação, segundo o semanário angolano “Novo Jornal” foi uma denúncia feita pelo activista Rafael Marques, através de um trabalho onde atribui a propriedade da Nazaki Oil and Gaz, a generais ligados à Presidência da República de Angola e a dirigentes da Sonangol. Nas explicações que enviou à SEC, a Cobalt International, controlada maioritariamente por antigos quadros da BP Angola, recusa qualquer relação entre a administração da Nazaki e o Governo angolano. Quanto à Alper, que têm 10% daqueles blocos, a Cobalt esclarece que é membro não contribuinte do consórcio. Ou seja, só fará investimentos caso se verifique a viabilidade económica daqueles blocos.

À SEC, a empresa garante não estar a infringir a lei norte-americana relativa à corrupção de agentes estrangeiros. Em Fevereiro deste ano, a Cobalt foi uma das 13 empresas seleccionadas para pesquisar petróleo no pré-sal angolano.