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Petróleo sobe 3% com previsão de aumento na procura

Os preços do petróleo valorizavam mais de 3%, subindo pela terceira sessão consecutiva em Nova Iorque, depois da AIE ter aumentado as previsões de procura de petróleo para este ano.

10 de Fevereiro de 2005 às 17:08
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Os preços do petróleo valorizavam mais de 3%, subindo pela terceira sessão consecutiva em Nova Iorque, depois da AIE ter aumentado as previsões de procura de petróleo para este ano.

O crude [cl1] subia 3,06% em Nova Iorque para os 46,85 dólares (36,59 euros), depois de ter acumulado um ganho de 3,24% e em Londres o «brent» [co1] era negociado nos 43,82 euros (34,22 euros), a ganhar 2,78%, a aliviar do aumento de 3,27% registado na sessão de hoje.

A procura de petróleo em 2005 deverá ser de 1,52 milhões de barris por dia, anunciou a Agência Internacional de Energia (AIE), revendo em alta as suas anteriores estimativas. No que toca à oferta, os dados da agência mostram uma queda nos últimos meses.

A AIE subiu as estimativas de procura em 80 mil barris diários, devido a um aumento do consumo por parte da China, que tinha aliviado as importações de petróleo ao longo do último trimestre de 2004. No total, o consumo diário de petróleo deverá ser de 84 milhões de barris em 2005, o que representa um crescimento de 1,8% face ao ano passado.

A Agência Internacional de Energia refere que a incerteza se prende agora sobretudo com a oferta que estará disponível. As previsões de petróleo proveniente do Canadá e da Rússia foram revistas em baixa, antecipando-se um abrandamento no crescimento da produção proveniente dos países que não pertencem à Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP).

No entanto, a AIE diz que esta situação poderá ser contrabalançada pelo facto da capacidade produtiva da OPEP ser superior à verificada em 2004 e de os últimos desenvolvimentos no Médio Oriente poderem trazer alguma estabilidade à região.

A situação do lado da oferta, que caiu em 645 mil barris diários durante o mês de Janeiro, poderá também ser de certa forma aliviada pelo facto dos responsáveis da OPEP se terem apercebido que é necessário aumentar os «stocks».

«A decisão da OPEP de manter o nível de produção no final de Janeiro foi um reconhecimento de que os preços elevados reflectem a pouca margem de manobra que há no mercado. Os comentários de responsáveis do cartel sugerem que há uma compreensão de que será necessário uma maior ‘almofada’ de inventários para suportar o crescimento da procura e as incertezas geo-políticas», refere a AIE no relatório mensal.

A subida dos preços do petróleo no último ano acabou por não ter um impacto tão significativo quanto se esperava no crescimento económico, diz a AIE, mas a instituição alerta para o facto dos preços elevados do combustível «alimentarem» a inflação.

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