A operadora de telecomunicações está a deslizar em bolsa, tendo já desvalorizado cerca de 5,5%. A quebra surge na primeira sessão após a demissão de três administradores ligados ao caso Luanda Leaks e no mesmo dia em que o Barclays reviu em baixa o preço-alvo.

Esta é a quarta sessão no vermelho para a Nos. A cotada derrapa 5,44% para os 4,628 euros mas já esteve a cair 5,64%, momento em que tocou um mínimo de julho de 2018, ou seja, de cerca de ano e meio. Os preços dos títulos da empresa já não desvalorizavam tão acentuadamente desde março de 2017, tendo em conta os valores de fecho.


Esta sexta-feira, 24 de janeiro, o Barclays reiterou a recomendação de venda que já tinha para a cotada e, na mesma nota de investimento, desceu o preço-alvo de 6 euros para 5 euros, de acordo com os dados levantados pela Bloomberg. Em média, os analistas apontam para que as ações da empresa se elevem a um preço de 6,19 euros. Esta é a única recomendação de venda da Nos, que conta 14 recomendações de compra e duas para manter.

Ainda a contribuir para o sentimento negativo está a informação, reveladas já após o fecho da véspera, de que três administradores não executivos da Nos envolvidos no Luanda Leaks renunciaram aos respetivos cargos. A informação foi comunicada esta quinta-feira à CMVM pela operadora.

"Jorge de Brito Pereira, Mário Filipe Moreira Leite da Silva e Paula Cristina Neves Oliveira apresentaram hoje, ao Conselho Fiscal, as respetivas renúncias aos cargos de membros não executivos do Conselho de Administração desta sociedade", lê-se no comunicado com a data de 23 de janeiro.