Notícia
Manteiga: aumento do preço no mercado não chegou ao consumidor
Os preços da manteiga disparam nos mercados, mas essa escalada não se tem reflectido por inteiro no preço final ao consumidor, comentou ao Negócios o director-geral da Associação Nacional dos Industriais de Lacticínios (ANIL), Paulo Costa Leite.
Os preços da manteiga disparam nos mercados, mas essa escalada não se tem reflectido por inteiro no preço final ao consumidor.
Como tem sido o desempenho da manteiga?
A manteiga (componente gorda do leite) foi a categoria de produtos lácteos com melhor comportamento durante a crise do sector dos últimos anos, não tendo o seu preço manifestado a volatilidade das restantes categorias, em especial do leite em pó magro.
E o que aconteceu?
Em resultado dessas medidas, a Europa produziu no primeiro quadrimestre menos 5% de manteiga que em igual período do ano transacto. Paralelamente, em igual período, os restantes países exportadores, nomeadamente EUA, Nova Zelândia e Austrália, reduziram também as suas produções de leite e, naturalmente, de manteiga, o que resultou num défice do lado da oferta que se estima entre 15 a 20.000 toneladas por mês deste produto.
E os preços subiram…
Sim. Este desequilíbrio do lado da oferta foi-se reflectindo nos preços internacionais ao longo dos últimos meses, tendo atingido o valor recorde de 6.200 euros por tonelada no presente mês de Julho (90% acima do preço em Julho de 2016). Esta escalada de preços tem vindo a compensar a indústria dos preços bastante baixos do leite em pó magro, mas não tem tido equivalência nos preços internos de venda ao público, que, apesar de mais caros do que há um ano, estão longe de ter subido na mesma proporção.