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IGCP faz um ou dois leilões de obrigações do Tesouro até Junho

O IGCP confirmou a intenção de voltar aos leilões regulares de dívida de longo prazo neste segundo trimestre. Até 1.500 milhões de euros poderão ser obtidos através da emissão de obrigações do Tesouro sem recurso a sindicatos de bancos.

Miguel Baltazar/Negócios
03 de Abril de 2014 às 14:37
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“O IGCP prevê a realização de um a dois leilões de OT [obrigações do Tesouro, isto é, dívida de longo prazo] durante o segundo trimestre de 2014, sendo esperadas colocações de 500 a 750 milhões de euros por leilão”, indica o organismo nas suas “Linhas de Actuação para o 2º Trimestre”, divulgadas esta quinta-feira.

 

Será o regresso da agência que gere a dívida pública aos leilões convencionais de dívida pública a longo prazo, algo que não é feito desde o início de 2011. As quatro emissões de obrigações do Tesouro feitas desde Janeiro de 2013 foram apoiadas em sindicatos bancários, que se encarregam de “vender” aos investidores os títulos. Os leilões são, por natureza, operações de maior risco porque não existe esse apoio directo.

 

O IGCP diz que os leilões “poderão ser realizados à segunda ou quarta quartas-feiras de cada mês”. O montante a emitir e as linhas a utilizar – sobre as quais o IGCP não se comprometeu, para já – serão anunciados até três dias úteis antes da data.

 

Os analistas acreditam que a recente descida das taxas de juro, a manter-se, deverá levar o IGCP a aproveitar a quarta quarta-feira do mês de Abril (dia 23) para fazer a primeira operação. O segundo leilão, a existir, já virá depois do actual programa de assistência.

 

IGCP emite até 3.750 milhões em dívida de curto prazo

 

Como é habitual nos programas de financiamento trimestrais, o IGCP já pré-agendou as emissões de dívida de curto prazo na forma de bilhetes do Tesouro. Deverão ser feitos três leilões duplos a 16 de Abril, 21 de Maio e 18 de Junho.

 

O montante em cada um desses leilões vai de 1.000 a 1.250 milhões de euros, sempre comum às duas maturidades utilizadas em cada dia. O que resulta num montante máximo total de 3.750 milhões de euros.

 

“O IGCP acompanhará activamente a evolução das condições de mercado, podendo introduzir ajustamentos às presentes linhas de actuação”, afirma o IGCP, no comunicado divulgado esta quinta-feira.

 

(notícia actualizada às 14h45 com mais informação)

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