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HSBC admite transferir 1.000 funcionários para Paris em caso de um "Brexit"
O líder do HSBC admite retirar 1.000 postos de trabalho de Londres, caso se confirme um Brexit, juntando-se a outros executivos que têm alertado para o impacto negativo desta decisão para a City.
O HSBC admite que que poderá transferir 1.000 especialistas da banca de investimento para Paris, caso o Reino Unido decida abandonar a União Europeia, adiantou o CEO da instituição, Stuart Gulliver.
Num momento em que os receios de um "Brexit" aumentam, o HSBC deu pormenores de um dos planos de contingência mais detalhados do sector financeiro. O banco britânico, que decidiu manter a sua sede em Londres, refere que caso o Reino Unido saia da EU poderá transferir parte da sua unidade de mercados e banca global constituída por 5.000 funcionários para Paris, disse o CEO do HSBC em entrevista telefónica à Bloomberg.
Stuart Gulliver acredita que caso os britânicos votem a favor da saída da União Europeia, isto terá um "impacto significativo" na divisão de banca de investimento, ainda que não vá afectar o consumo do negócio.
A divulgação deste plano de contingência vem de encontro ao alerta que vários executivos da banca já deixaram, avisando que um "Brexit" levará as empresas a cortarem o investimento no Reino Unido e promoverá uma mudança de postos de trabalho para outros locais.
"É do interesse económico da Grã-Bretanha permanecer numa União Europeia reformada e esta é uma posição formal", defendeu o líder do HSBC à Bloomberg.
O "chairman" do Barclays John McFarlene adiantou recentemente que uma decisão favorável à saída da União Europeia deixaria o centro financeiro de Londres numa posição "significativamente pior".
Já as acções britânicas poderão cair 15% caso se concretize um "Brexit", com as empresas focadas na economia doméstica a recuarem até 26%, antecipam os analistas do Deutsche Bank numa nota divulgada na última sexta-feira, 12 de Fevereiro.