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HSBC decidiu manter sede em Londres
Afinal, a instituição financeira decidiu manter a sua sede social na capital britânica. A decisão foi unânime pela administração. E garante que pôs fim à prática de avaliar, a cada três anos, a localização.
O HSBC decidiu que afinal vai manter a sua sede no Reino Unido, comunicou o banco, depois de uma reunião do conselho de administração. A decisão, garante a instituição financeira, foi "unânime".
Unanimous Board decision for #HSBC HQ to remain in the UK
— HSBC (@HSBC) 14 fevereiro 2016
A decisão já era esperada, depois de em Janeiro, Martin Gilbert, presidente executivo da Aberdeen Asset Management, uma das maiores accionistas do HSBC, ter referido à Bloomberg que o mais provável era que o banco britânico permanecesse em Londres. Palavras que surgiram depois de no ano passado o próprio presidente não executivo ("chairman") da instituição, Douglas Flint, ter admitido mudar a sede para a Ásia por questões regulatórias e fiscais.
"O Reino Unido é uma importante e globalizada economia. Tem uma moldura regulatória e um sistema legal internacionalmente respeitados, tendo imensa experiência em lidar com assuntos internacionais complexos", diz o HSBC em comunicado, acrescentando o elogio a Londres: "um dos principais centros financeiros a nível mundial e casa de grande, altamente qualificados e internacionais talentos. Por isso, continua a ser ideal para se manter a sede de uma instituição financeira global como o HSBC".
A banca europeia tem enfrentado, nos últimos tempos, vários desafios e na semana passada foi mesmo o centro das atenções do mercado. As acções do HSBC caíram 18% desde o início do ano.
O HSBC no Reino Unido e na Europa é liderado pelo português António Simões.
Ainda que mantenha a sede em Londres, o grupo diz-se comprometido com a sua estratégia na Ásia, onde pretende investir mais. "A Ásia continua no coração da estratégia do grupo".
Por isso, "ter a nossa sede no Reino Unido e uma parte significativa do negócio na região Ásia-Pacífico garante o melhor dos dois mundos para os nossos accionistas", declarou o presidente executivo Stuart Gulliver citado no comunicado.
Foram os próprios investidores do HSBC que encorajaram o banco a admitir sair de Londres, devido a questões regulatórias e fiscais. Os analistas, segundo a Reuters, estimaram o custo da mudança entre 1,5 e 2,5 mil milhões de dólares.
O HSBC – que recebeu o nome do membro fundador, o Hongkong and Shanghai Banking Corporation - foi criado em 1865, para financiar o crescimento do comércio entre a Europa, Índia e China. Londres passaria a ser a sede da instituição em 1993.
O banco diz, mesmo, que decidiu pôr fim à prática de rever a sua localização a cada três anos. E só voltará a revisitar o tema se "uma mudança material das circunstâncias" se verificar.