Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Fed revê crescimento da economia em alta para 2021. Bazuca continua a disparar

O banco central dos Estados Unidos melhorou as projeções macroeconómicas face à última revisão de setembro. Agora prevê uma queda menor do PIB para este ano, e revê em alta a subida no próximo.

Jerome Powell, presidente da Fed, altera meta de inflação. Mas como aparecerá a subida de preços?
Tasos Katopodis/Pool via Reuters
16 de Dezembro de 2020 às 19:11
  • ...
A Reserva Federal dos Estados Unidos anunciou que iria manter o volume de compras de ativos no nível atual de, pelo menos, 120 mil milhões de dólares por mês e reviu em alta as projeções económicas para o PIB (produto interno bruto) e emprego.

O banco central está mais otimista agora do que em setembro, uma vez que prevê que a economia contraia 2,4% neste ano, o que sugere uma melhoria face à queda de 3,7% prevista anteriormente.

E se as previsões para 2020 são mais otimistas, a recuperação económica que se deverá verificar no próximo ano parece ganhar força, uma vez que o banco central antecipa uma expansão de 4,2% do PIB (produto interno bruto), face aos 4% perspetivados em setembro. Para 2022, a Fed melhora a previsão de crescimento de 3% para 3,2%.

Além do crescimento económico, as novas projeções para o mercado laboral são também mais otimistas. A taxa de desemprego para este ano foi revista em baixa, de 7,6% em setembro para 6,7% na reunião de hoje, enquanto para 2021 o banco prevê agora uma taxa de 5%, contra os 5,5% previstos anteriormente.

Bazuca continua a disparar
O banco central reforçou a ideia de que irá manter 
o atual programa de compra de ativos nos 120 mil milhões de dólares por mês, até que as metas da inflação sejam atingidas e o emprego no país volte a recuperar, de acordo com o comunicado.

Na última reunião de política monetária do ano, o banco central anunciou que "vai continuar a aumentar os seus ativos adquiridos ao Tesouro em pelo menos 80 mil milhões de dólares e dos títulos garantidos por hipotecas em pelo menos 40 mil milhões de dólares por mês até que existam progressos substanciais até aos objetivos do comité no emprego e na estabilização de preços", pode ler-se.

As novas projeções mostram que os decisores políticos esperam apenas que a Fed consiga atingir a sua meta da inflação de 2% por volta de 2023. Entre 2020 e 2022, as novas projeções apontam para uma taxa de inflação de 1,4%, 1,8% e 1,9%, respetivamente.

Como se pode ler no comunicado, a Fed considera que 
"a atividade económica e o emprego continuaram a recuperar, mas permanecem bem abaixo dos níveis do início do ano". O mercado laboral, apesar de estar em recuperação, apenas conseguiu regenerar metade dos 22 milhões de postos de trabalho perdidos desde que a pandemia começou.

Além de não mexer no "quantitative easing", Powell manteve ainda as taxas de juro diretoras inalteradas em mínimos históricos, no intervalo entre 0% e 0,25%. No encontro de política monetária de setembro, o banco central sinalizou que as taxas se iriam manter neste patamar nos próximos três anos, para ajudar a economia do país a recuperar.

O banco continua ainda longe do seu objetivo de emprego máximo, com a taxa de desemprego nos 6,7% em novembro, e abaixo da meta de 2% para a inflação. Os pedidos do subsídio de desemprego voltaram a subir de forma acentuada (mais 853 mil) na semana terminada a 5 de dezembro, de acordo com o Departamento do Trabalho do país. Este foi o valor mais elevado desde setembro deste ano, mostrando novo abrandamento da economia, mas ficou muito aquém do pico de quase sete milhões atingido no final de março.
Ver comentários
Saber mais Jerome Powell Fed Reserva Federal dos Estados Unidos Estados Unidos economia negócios e finanças macroeconomia economia (geral) conjuntura política inflação banco central
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio