Notícia
Outubro termina como o pior mês em um ano para as ações europeias
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta quinta-feira.
Outubro termina como o pior mês em um ano para as ações europeias
As principais bolsas europeias terminaram a última sessão de outubro no vermelho, com o índice de referência a registar a maior queda mensal em um ano. A época de resultados das cotadas do bloco está aquém das expetativas do mercado, num momento em que os investidores digerem ainda a subida da inflação na Zona Euro para a meta de 2% do Banco Central Europeu.
Além disso, as eleições norte-americanas agendadas para a próxima semana continuam renhidas nas últimas sondagens e, sem um resultado claro, o mercado continua em "alerta". A hipótese de uma vitória de Donald Trump, que trará um aumento das tarifas e uma subida do orçamento para a defesa nos EUA pode impactar a economia europeia já debilitada.
O índice de referência europeu, Stoxx 600, recuou 1,2% para 505,39 pontos e atingiu o pior nível desde meados de agosto. Só neste mês, o "benchmark" recuou 3,4% a pior queda mensal desde outubro do ano passado. Todos os 20 setores que compõem o índice terminaram em baixa. As ações do setor do retalho, tecnologia, alimentação e imobiliário foram as que mais pressionaram, com quedas de mais de 2%. No caso do retalho, a quebra chegou mesmo perto dos 4%.
Os lucros trimestrais também não animaram os investidores, com os setores de retalho e de luxo, assim como fabricantes automóveis prejudicados pela procura "anémica" chinesa.
Entre os principais movimentos de mercado, a TotalEnergies recuou quase 3% dado que o lucro trimestral da energética atingiu mínimos de três anos.
Na banca, o BNP Paribas cedeu 4,2% com receitas que desiludiram os investidores. Pelo contrário, o Société Générale subiu 11%, após o banco francês ter superado estimativas de lucro.
A gigante dinamarquesa Maersk também registou ganhos de quase 8%, beneficiando de taxas de fretamento mais altas do que o esperado nos últimos três meses. A empresa reviu ainda em alta as previsões de lucro anuais.
Nas tecnológicas, o sentimento vivido nos EUA contagiou as gigantes europeias, depois dos resultados da Meta, dona do Facebook, e da Microsoft.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax perde 0,93%, o francês CAC-40 desvaloriza 1,05%, o italiano FTSEMIB recua 0,64%, o britânico FTSE 100 perde 0,61% e o espanhol IBEX 35 cai 0,36%. Em Amesterdão, o AEX regista um decréscimo de 0,8%. O português PSI foi o único a registar avanços.
Juros fecham mistos na Zona Euro. Yields britânicas têm forte agravamento
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro encerraram a sessão sem tendência definida, depois de conhecida a taxa de inflação no bloco que acelerou para os 2%, não tendo ultrapassado ainda assim a meta imposta pelo Banco Central Europeu. É uma subida de 0,3 pontos percentuais face a setembro, em que se situou nos 1,7%.
Os maiores contributos para a aceleração, justificou o Eurostat, foram os serviços e a alimentação.
Do lado dos agravamentos, ficou a rendibilidade das dívidas portuguesa e italiana, que avançou 0,2 pontos base para 2,781% e 1,4 pontos para 3,649%, respetivamente.
Do lado dos alívios, ainda que ligeiros, situaram-se os juros das "bunds"alemãs e as yields da dívida francesa, que desceram ambas 0,1 pontos base para 2,386% e 3,122%, respetivamente.
Já a rendibilidade da dívida espanhola registou um decréscimo de 0,4 pontos para 3,089%.
Fora da Zona Euro, e um dia depois de o novo governo ter apresentado o orçamento, que contempla um aumento de impostos em 40 mil milhões de libras, os juros das "gilts" britânicas deram um salto de 9,5 pontos base, para 4,442%, devido à desconfiança dos investidores com o nível previsto de endividamento público.
Petróleo valoriza à boleia de diminuição de "stocks" nos EUA
Os preços do petróleo continuam a registar avanços, pelo segundo dia consecutivo, após uma diminuição dos "stocks" de crude nos EUA, o que pode significar uma maior procura por petróleo no país. Também a notícia de que a OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados) poderá adiar um aumento planeado da produção está a ter efeitos nos preços da matéria-prima.
O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – avança 0,89% para os 69,22 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a valorizar 0,80% para os 73,13 dólares por barril.
Os stocks de gasolina dos EUA caíram mais do que o esperado para um mínimo de dois anos na semana que terminou a 25 de outubro, revelou a Administração de Informação de Energia do país. Os inventários de crude também registaram uma forte queda, devido à diminuição das importações dos EUA.
A informação avançada pela Reuters de que a OPEP+ poderá adiar em um mês ou mais o aumento da produção de petróleo planeado para dezembro - devido à preocupação com a fraca procura por "ouro negro" e o aumento da oferta – está a dar ímpeto à matéria-prima. Esta decisão poderá ser tomada já na próxima semana, diz a Reuters.
Os "traders" aguardam agora pelas eleições presidenciais norte-americanas de 5 de novembro, à espera de ver o que uma administração Trump ou uma administração Harris significará para os mercados petrolíferos.
Por outro lado, a atividade industrial na China, o maior importador de petróleo do mundo, expandiu-se em outubro pela primeira vez em seis meses, sugerindo que as medidas de estímulo económico de Pequim estão a ter efeito.
Ouro pressionado por retirada de mais-valias e fortes dados dos EUA
O ouro continua a desvalorizar esta quinta-feira, depois de ter atingido novos máximos históricos durante esta madrugada. Os "traders" aproveitaram para retirar mais-valias, depois de o ouro ter atingido os 2.790,10 dólares por onça pela primeira vez. A divulgação de importantes dados económicos acerca da saúde da economia dos EUA continua a pressionar os preços do metal amarelo.
O ouro segue a perder 1,69%, para os 2.740,460 dólares por onça.
A divulgação de fortes dados económicos por parte dos EUA, nomeadamente relativos ao crescimento da maior economia mundial, aumentam a possibilidade de uma abordagem cautelosa por parte da Reserva Federal (Fed) norte-americana quanto ao corte das taxas diretoras nos próximos meses. A flexibilização monetária tende a beneficiar o ouro, já que este não paga juros. Os analistas apostam agora numa menor agressividade de cortes por parte da Fed, o que pressiona o ouro.
Antes da queda desta quinta-feira, o metal amarelo tinha subido mais de um terço este ano, impulsionado pelas compras dos bancos centrais e pela procura enquanto ativo refúgio. A corrida presidencial apertada nos EUA entre Kamala Harris e Donald Trump também está a alimentar um cenário de incerteza.
A eleição de 5 de novembro pode levar o ouro a uma correção de mais de cem dólares por onça, referiu à Bloomberg Ole Hansen, chefe de estratégia de commodities do Saxo Bank.
O recente avanço do ouro levou o índice de força relativa do metal amarelo (RSI na sigla em inglês) - acima dos 70. Tradicionalmente, um ativo é considerado sobrecomprado ou sobrevalorizado quando o RSI é superior a 70 e sobrevendido ou subvalorizado quando é inferior a 30.
Libra e dólar seguem com perdas. Euro acelera com subida da inflação no bloco
A libra continua a perder terreno face a outras divisas, isto depois de o ministério das Finanças do Reino Unido ter lançado o maior aumento de impostos desde 1993, naquele que foi o primeiro orçamento trabalhista em 15 anos.
Também o dólar está a recuar após os dados do lado de lá do Atlântico terem demonstrado que o índice de preços das despesas de consumo das famílias (PCE na sigla em inglês) voltou a abrandar em setembro para 2,1%.
Os dados são sinais contraditórios para a Reserva Federal (Fed), mas, ainda assim, os analistas acreditam que o banco central irá cortar novamente os juros na reunião de política monetária da próxima semana - o que penaliza o dólar.
O dólar também está a ser pressionado pela força do iene, que ganha terreno após o Banco do Japão ter optado por deixar as taxas de juro do país inalteradas em níveis ainda baixos, mas ter adotado, para surpresa dos analistas, um tom mais "hawkish" (menos moderado).
Por cá, o euro soma ganhos depois de os dados terem revelado uma subida inesperada da inflação do bloco em outubro, reforçando o argumento de alguns governadores do Banco Central Europeu de cautela nas descidas de juros.
O euro acelera 0,06% para 1,0862 dólares e 0,63% para 0,8426 libras - o nível mais forte desde 18 de setembro. Já a nota verde cede 0,74% para 152,29 ienes.
"Big Tech" castigam Wall Street na despedida de outubro
As bolsas de Nova Iorque negoceiam no vermelho na última sessão de outubro, penalizadas sobretudo pelas gigantes tecnológicas depois de Microsoft e Meta não terem convencido os investidores com as contas apresentadas ontem à noite.
O Dow Jones cede 0,42%, para os 41.963,56 pontos, enquanto o índice alargado S&P 500 perde 0,76%, até aos 5.769,40 pontos. O Nasdaq Composite, predominantemente composto por empresas tecnológicas, recua 1,42%, para os 18.344,32 pontos.
As ações da Microsoft caem 5,23%, enquanto as da Meta perdem 2,99%. Entre as outras "big tech", a Amazon cede 2,16%, a Apple desliza 0,47%, ao passo que a Alphabet valoriza 0,27%.
Resultados pressionam Europa. Stoxx 600 perto de minímos de dois anos
Os principais índices europeus estão a negociar em queda pela terceira sessão consecutiva, com a época de resultados ainda em destaque e com o "benchmark" europeu, Stoxx 600, a caminho da pior performance mensal num ano.
O índice de referência europeu cai 0,6% para 508,45 pontos, o valor mais baixo em quase dois meses, e caminha para uma descida em torno dos 3% em outubro. Além de ser a segunda queda mensal consecutiva poderá ser também a maior desde outubro 2023. Só abril se aproximou com uma desvalorização de 1,5%.
A registar a maior queda está o setor do retalho a perder 2%, seguido pelo imobiliário e os serviços financeiros a recuar quase 1%. Também o setor tecnológico desce quase 1%, acompanhando o sentimento negativo da sessão em Wall Street, depois de os resultados da Meta e Microsoft terem sinalizado maiores custos com desenvolvimento de ferramentas de inteligência artificial.
Na banca, o Société Générale pula mais de 7% depois de os resultados do trimestre terem ficado acima do esperado. No entanto, o BBVA, Sabadell e o ING desvalorizam após terem apresentado contas e estão assim a penalizar o setor. Já o BNP Paribas é o maior peso, ao cair mais de 6%, com as contas a serem pressionadas por uma redução da margem operacional.
Noutras áreas, a TotalEnergies perde quase 2% depois de ter divulgado uma queda de 23% nos lucros até setembro, para 13.900 milhões de dólares (cerca de 12.800 milhões de euros), afetado pela descida de preços no setor.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax perde 0,47%, o francês CAC-40 desvaloriza 0,7%, o italiano FTSEMIB recua 0,25%, o britânico FTSE 100 perde 0,66% e o espanhol IBEX 35 cai 0,38%. Em Amesterdão, o AEX regista um decréscimo de 0,59%.
Em Lisboa, o PSI negoceia em sentido contrário e ganha 2,29%.
Iene valoriza após BoJ manter política monetária inalterada
O iene está a valorizar face às principais divisas rivais depois de o Banco do Japão ter optado por manter as taxas de juro inalteradas, numa altura em que avalia o impacto da eeições gerais no país, em que o primeiro-ministro perdeu a maioria. No entanto, o documento deu indicações que levaram alguns analistas a acreditar na possibilidade de uma subida de juros em dezembro, o que está a dar força ao iene.
O iene ganha 0,66% para 0,0065 dólares, estando a recuperar de mínimos de três meses contra a divisa norte-americana, e 0,65% para 0,0062 euros.
Já o dólar segue a negociar praticamente inalterado com o índice do dólar da Bloomberg - que mede a força da moeda norte-americana face a 10 divisas rivais - inalterado nos 103,98 pontos.
Os investidores aguardam os dados da criação de emprego e a taxa de desemprego de outubro nos EUA, que serão conhecidos na sexta-feira, bem como o indicador favorito da Fed para avaliar a inflação, o índice de preços no consumo pessoal (PCE) de setembro, que é divulgado hoje.
Ouro corrige após atingir máximos históricos durante a madrugada
Os preços do ouro estão a recuar, depois de terem atingido durante a madrugada desta quinta-feira novos máximos históricos, com os investidores a optarem por este ativo-refúgio menos de uma semana antes das eleições presidenciais nos Estados Unidos, onde as sondagens não indicam um candidato com margem suficiente para vencer.
O metal amarelo perde 0,34% para 2.778,2 dólares por onça, depois de ter chegado aos 2.790,1 dólares por onça. O ouro caminha para o melhor mês em sete.
Os investidores aguardam agora a divulgação do indicador preferido da Reserva Federal norte-americana (Fed) para a inflação - o índice de preços com despesas no consumo pessoal (PCE), referente a setembro.
Os "traders" apontam em 96% para uma descida de juros em 25 pontos base na reunião da próxima semana.
Sinais de maior procura nos EUA sustentam petróleo
O petróleo segue a negociar em alta esta quinta-feira, dando continuidade ao "rally" da sessão de ontem. Os preços estão a ser impulsionados pela procura nos Estados Unidos depois de os "stocks" de crude nos EUA terem descido de forma inesperada. Ao mesmo tempo, notícias que dão conta que o grupo de produtores OPEP+ possa adiar um aumento da produção estão também a sustentar a subida do crude.
A esta hora, o West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – soma 0,25% para os 68,78 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – avança 0,33% para os 72,79 dólares por barril.
A Administração de Informação em Energia (IEA, na sigla original, que está sob a tutela do Departamento norte-americano da Energia) revelou que os "stocks" caíram para um mínimo de dois anos na semana passada devido a maior procura.
"A surpreendente queda nos 'stocks' de gasolina nos EUA proporcionou uma oportunidade de compra, uma vez que a procura parece mais forte do que o previsto", afirmou à Reuters Toshitaka Tazawa, analista da Fujitomi Securities.
"As expectativas de um potencial atraso no aumento da produção da OPEP+ também são favoráveis. Se, de facto, adiarem, o WTI pode recuperar até ao patamar de 70 dólares", acrescentou.
Juros agravam-se na Zona Euro antes de inflação no bloco
Os juros das dívidas soberanas do bloco europeu estão a agravar-se esta quinta-feira, numa altura em que os investidores se centram nos dados da inflação na Zona Euro, que serão conhecidos a meio da manhã.
Numa entrevista ao Le Monde publicada esta quinta-feira, a presidente do BCE Christine Lagarde afirmou que a batalha contra a inflação ainda não está ganha, mas que deve atingir os 2% em 2025.
A "yield" da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, soma 4 pontos base para 2,819%, enquanto a rendibilidade da dívida espanhola cresce também 4 pontos base para 3,132%. A "yield" das obrigações soberanas italianas aumenta 5,3 pontos para 3,688%.
Por sua vez, a "yield" da dívida alemã a dez anos, de referência para a região, agrava-se em 3,5 pontos base, para 2,421%. Já a rendibilidade da dívida francesa com a mesma maturidade soma 3,7 pontos base, para 3,160%.
Fora do bloco europeu, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, somam 7,3 pontos base para 4,420%.
Futuros da Europa em queda. Ásia maioritariamente no vermelho
Os principais índices europeus estão a apontar para quedas na abertura, mantendo a tendência negativa desta quarta-feira em que foram penalizados pelos resultados das tecnológicas. Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 descem 0,63%.
Esta quinta-feira são conhecidas as contas da Apple e Amazon no terceiro trimestre. Depois de os resultados da Meta e Microsoft terem sinalizado maiores custos com desenvolvimento de ferramentas de inteligência artificial, os investidores vão estar a avaliar o impacto da IA nestas empresas.
A centrar atenções no bloco europeu estarão os números da inflação de outubro, numa altura em que o mercado se centra na possibilidade do Banco Central Europeu acelerar no corte de juros, com a inflação a descer mais rápido do que o antecipado. Numa entrevista ao Le Monde publicada esta quinta-feira, a presidente do BCE Christine Lagarde afirmou que a inflação deve atingir os 2% em 2025 e estabilizar nessa fasquia no próximo ano.
Na Ásia, os principais índices negociaram em queda, à exceção da China, com o índice agregador das praças da região, o MSCI Asia Pacific, a caminho do pior mês desde agosto de 2023 - a primeira queda mensal desde abril.
Os índices chineses escaparam à tendência depois de a atividade industrial na China ter crescido pela primeira vez em outubro, após cinco meses de contração, sugerindo que as medidas de estímulo introduzidas por Pequim podem já estar a ter algum efeito.
Os investidores estão ainda a avaliar uma decisão do Banco do Japão que optou por manter os juros inalterados, mas o documento deu algumas indicações que levou alguns analistas a acreditar na possibilidade de uma subida de juros em dezembro, o que está a dar força ao iene e a penalizar as bolsas do país.
No Japão, o Nikkei cai 0,5% e o Topix desvaloriza 0,3%. Na Coreia do Sul, o Kospi perde 1,45%. Na China, o Hang Seng, em Hong Kong, avança 0,06% e o Shanghai Composite soma 0,42%.