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Lisboa sobe mais de 2% com impulso do BCP e Jerónimo Martins
Os resultados considerados positivos do banco e da retalhista levaram a que as ações disparassem 9,6% e 8,2%, respetivamente, levando o índice nacional a interromper a série de quedas recente.
A bolsa de Lisboa registou ganhos robustos esta quinta-feira, numa sessão em que as ações do BCP e da Jerónimo Martins dispararam após a apresentação dos respetivos resultados, levando o PSI a contrariar as perdas europeias.
O índice de referência nacional subiu 2,21% para 6.532,77 pontos, com sete dos seus 15 títulos no verde, um inalterado e sete no vermelho, voltando às subidas depois de três sessões de perdas. Outubro acabou por ser um mês bastante negativo para o PSI, com uma queda de 3,8%.
O BCP liderou os ganhos, ao disparar 9,63% para 0,4634 euros, tendo tocado máximos de maio de 2016, depois de ter apresentado planos para distribuir dividendos mais elevados e lançar um programa de recompra de ações na quarta-feira, na divulgação de resultados dos primeiros nove meses, em que registou uma subida dos lucros de quase 10% para 714 milhões.
O banco liderado por Miguel Maya pretende entregar aos acionistas 75% dos lucros, traçando como objetivo um resultado líquido acumulado de 4 a 4,5 mil milhões de euros no período 2025-2028. A instituição financeira vai lançar um programa de recompra de ações no valor de um quarto do lucro que obtiver em 2024.
Já a Jerónimo Martins acelerou 8,24% para 17,87 euros, apesar de ter registado uma quebra de 21,2% nos resultados dos primeiros nove meses para 440 milhões de euros, números que ainda assim ficaram acima das expectativas.
Os CTT e a Mota-Engil também fecharam com ganhos expressivos, avançando 3,76% para 4,26 euros e 2,65% para 2,56 euros.
Do lado das perdas, a EDP Renováveis caiu 1,20% para 12,38 euros, enquanto a Galp recuou 2,06% para 15,67 euros – as perdas mais acentuadas entre os pesos pesados.
Contudo, foi a Nos a liderar a tabela vermelha, ao cair 3,30% para 3,52 euros, também em reação aos resultados. A Nos fechou os primeiros nove meses deste ano com lucros de 147,1 milhões de euros, excluindo mais valias, um aumento de 16,4% face ao período homólogo.