A Euronext Lisbon seguia a negociar em queda, acompanhando a tendência das principais praças europeias, com o PSI-20 a ser pressionado sobretudo pela desvalorização das acções da Portugal Telecom e da EDP.

O PSI-20 recuava 0,13% para os 8059,17 pontos, com sete títulos a desvalorizar, nove inalterados e quatro a ganhar valor. Na Europa, o panorama também era de queda, com os investidores a reagirem ao fecho negativo do Nasdaq na sessão de ontem e aos resultados aquém do esperado de empresas como a Ericsson e a DaimlerChrysler.

A subida do petróleo também está a condicionar os índices. O crude [CL1] em Nova Iorque valoriza pelo terceiro dia consecutivo, está a subir 0,20% para 45,55 dólares e o «brent», em Londres, regista um ganho de 0,77% para os 43,46 dólares.

A Portugal Telecom (PT) [PTC] segue a perder 0,31% para os 9,62 euros, corrigindo dos máximos conseguidos no início da semana. Os analistas referiram ontem que a possibilidade da Vivo – operadora de telecomunicações móveis no Brasil que é controlada pela PT e pela Telefónica – ser cotada em bolsa é positiva para a Portugal Telecom. A PT e a Telefónica Moviles anunciaram ontem que passarão a receber metade das remunerações da Brasilcel, em vez de auferirem metade dos ganhos de cada uma das 13 operadoras móveis controladas pela «holding».

A subsidiária PT Multimédia [PTM] perdia 0,50% para os 19,96 euros. Ainda no campo das telecomunicações, a Sonaecom [SNC] seguia a cair 0,70% para 4,27 euros. A empresa vai pedir uma audiência à Anacom por ainda não ter produzido qualquer decisão, depois da consulta pública, sobre o Novo Optimus Home, nome dado ao produto depois das alterações introduzidas no Optimus Home e cuja comercialização foi suspensa pela Anacom.

A casa-mãe, Sonae [SON], por sua vez, seguia a cair 0,85% para 1,16 euros. A revisão trimestral do Stoxx 600, que será anunciada na próxima semana, poderá incluir a Sonae na lista das 600 maiores empresas europeias, estando o título para já na 592ª da listagem provisória.

A pressionar o índice está também a Energias de Portugal (EDP) [EDP], que baixa 0,44% para 2,28 euros.

No sector da banca, o Banco Comercial Português (BCP) [BCP] está inalterado nos 2,11 euros. A instituição pretende utilizar a sua presença no estrangeiro para aumentar o apoio aos empresários na estratégia de internacionalização, criando para isso a Plataforma Internacional de Negócios.

O Banco Espírito Santo (BES) [BES] subia 0,37% para 13,41 euros e o Banco BPI desvalorizava 0,32% para 3,16 euros.

A ParaRede [PARA] registava uma queda de 2,44% para os 0,40 euros. A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) contactou, na sexta-feira, a Euronext Lisboa, dando-lhe conta de que, a seu pedido, a Pararede iria divulgar um comunicado a esclarecer notícias publicadas nessa manhã, noticiou o jornal «Público». Segundo fontes do mercado, aparentemente, essas notícias foram o factor que determinou uma subida de mais de sete por cento dos títulos da sociedade, logo após a abertura da sessão. A suspensão das acções da Pararede - a exemplo do que já aconteceu no mercado - acabou por não acontecer, terminando os títulos a subir mais de 10,53% nesse dia, com 47,2 milhões de acções transaccionadas, um valor muito acima do que é habitual