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Draghi insiste que em Dezembro pode haver mais ajuda à economia da Zona Euro

"Se necessário, o Conselho está disposto e tem capacidade para agir, ao utilizar todos os instrumentos inscritos dentro do seu mandato, de forma a manter um nível apropriado de acomodação monetária", disse Draghi.

Reuters
04 de Novembro de 2015 às 08:29
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Dezembro é a data certa para ver se a economia da Zona Euro precisa de mais ajuda, considera o presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi. "O nível de acomodação da política monetária terá de ser reanalisado no encontro de Dezembro do Conselho do BCE", afirmou, num encontro perante membros da autoridade monetária, segundo cita a Bloomberg.

 

"Se necessário, o Conselho está disposto e tem capacidade para agir, ao utilizar todos os instrumentos inscritos dentro do seu mandato, de forma a manter um nível apropriado de acomodação monetária", considerou o responsável pela autoridade que define o preço do dinheiro na Zona Euro.

 

Não é certo, contudo, de que forma tal poderá ser feito, tendo em conta que há já um programa de compra de activos no terreno. Todos os meses, o Conselho do BCE – que junta não só a comissão executiva liderada por Draghi e Vítor Constâncio mas também os governadores das autoridades nacionais de cada país – reúne-se para decidir a taxa de juro de referência.  

 

Esta é uma afirmação é feita depois de ter dado uma entrevista dada a um jornal italiano, a 31 de Outubro, em que a ideia entendida foi a contrária. "Se estivermos convencidos de que o nosso objectivo para a inflação no médio prazo está em risco, tomaremos as medidas necessárias", disse Mario Draghi, na entrevista ao jornal italiano, publicada no sábado, 31 de Outubro. Contudo, nessa altura, a leitura foi a de que estaria a retirar de cima da mesa essa possibilidade, ao dizer que era uma "questão em aberta". Aliás, a reacção dos mercados foi imediata - nessa altura, depois da entrevista, as taxas de juro associadas à dívida pública dos países da Zona Euro recuaram. Esta quarta-feira, as palavras de Draghi foram entendidas como um incentivo às obrigações, pelo que se verifica uma queda das rendibilidades exigidas pelos investidores na compra de dívida pública de países como Portugal, Alemanha e Espanha. 

 

Entretanto, e sobre um assunto que tem sido tema nos últimos anos (com a necessidade de implementação de reformas estruturais na região), o responsável pelo BCE voltou a dizer que não pode assumir o papel que cabe aos governos. "Vamos cumprir o nosso mandato de estabilidade dos preços, a que estamos obrigados pelos tratados. Mas cabe a cada país a construção das bases para que as suas economias possam funcionar melhor; e cabe à Zona Euro, como um todo, fortalecer a arquitectura institucional da nossa união", disse, citado novamente pela agência de informação económica.

     

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