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Bolsas asiáticas afundam mais de 3% arrastadas por Wall Street

Xangai, Hong Kong e Tóquio: estas bolsas de referência asiáticas sentem o abalo que teve origem esta quarta-feira nos mercados americanos. As quebras são generalizadas e andam em torno dos 3 a 5%.

EPA
11 de Outubro de 2018 às 08:03
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As bolsas asiáticas sofreram fortes quedas na última sessão, deixando-se contagiar pelo sentimento negativo vivido no mercado americano. Dos dois lados do Pacífico os principais índices registam quedas em torno dos 3 e dos 5%.

No Japão, as perdas do índice Nikkei chegaram aos 4,45%, descendo aos 22.459,02 pontos. Em Xangai as perdas superaram a fasquia dos 5%, ao ceder 5,25% para os 2.588,657 pontos, negociando em mínimos de 2014. Em Hong Kong a tendência repetiu-se, com o principal índice a recuar 4,06% para os 25.130,66 pontos.

De acordo com os analistas consultados pela BBC, o pessimismo em relação ao mercado chinês justifica-se pela desaceleração do crescimento da economia e pelo peso da guerra comercial com os EUA. É importante notar que este tem sido um ano difícil para os mercados asiáticos, sendo que Xangai e Hong Kong já tinham entrado em bear market.  

Tanto à esquerda como à direita do oceano, as que mais afundam são as tecnológicas. A chinesa Tencent perdeu mais de 7% esta-quinta-feira, num ano em que já perdeu 200 mil milhões em capitalização bolsista. Também a fabricante de telemóveis Xiaomi sentiu um forte abalo nos títulos, de 9%.

Esta quarta-feira, o tecnológico Nasdaq foi o que mais deslizou em Nova-Iorque, com uma descida de 4,08% para 7.422,05 pontos, vivendo o seu pior dia em sete anos de negociação.

Já o generalista S&P 500 e o industrial Dow Jones registaram a  maior quebra intradiária desde Fevereiro.  O Standard & Poor’s 500 recuou 3,29% para 2.785,68 pontos, o que corresponde a mínimos de três meses, e o Dow Jones fechou a cair 3,15% para 25.598,74 pontos, um mínimo de 16 de Agosto, abandonando o patamar dos 26.000 pontos.

Na origem das múltiplas desvalorizações a que se assiste nos mercados globais estão os aumentos das yields dos EUA, que ascenderam a máximos de sete anos. Isto torna as obrigações activos mais apelativos do que os títulos das cotadas. O presidente norte-americano declarou esta quarta-feira à noite que a Reserva Federal "endoideceu", referindo-se à sua opção por uma subida gradual das taxas de juro.

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