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Inflação abaixo do esperado modera perdas em Wall Street

O crescimento dos preços abaixo do esperado ajudou a atenuar as perdas em Wall Street, depois da pior sessão desde Fevereiro. Os índices estão no vermelho, mas com perdas ligeiras.

Reuters
11 de Outubro de 2018 às 14:44
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Depois de uma sessão negra na quarta-feira, as bolsas dos Estados Unidos abriram em queda ligeira, com as perdas a serem travadas pelos dados da inflação, que foi inferior ao esperado.

O índice industrial Dow Jones cai 0,24% para 25.537,01 pontos, o tecnológico Nasdaq perde 0,16% para 7.408,32 pontos e o S&P500 desliza 0,32% para 2.777,42 pontos.

Esta evolução acontece depois de um verdadeiro sell-off em Wall Street na sessão de ontem, com os investidores a reflectirem vários focos de tensão, que vão desde a subida dos juros nos Estados Unidos aos receios em torno da guerra comercial.

Segundo um inquérito realizado pela Bloomberg junto de traders, não se tratou de um movimento de pânico, mas antes de uma correcção normal dos preços, depois das fortes subidas recentes.

A justificar a acalmia na sessão de hoje está a convicção de que a Fed não terá de acelerar a subida dos juros, porque as pressões inflacionistas dão sinais de estarem controladas.

Antes da abertura do mercado, o Departamento do Trabalho revelou que o índice de preços no consumidor aumentou 0,1% em Setembro, face ao mês anterior, quando as estimativas apontavam para uma subida de 0,2%. Em termos homólogos, a subida foi de 2,3%, o valor mais baixo desde Fevereiro e que compara com uma projecção de 2,4%.

A chamada inflação subjacente - que exclui os custos da energia e dos alimentos - manteve-se em 2,2%, o mesmo nível de Agosto, devido à evolução dos preços dos carros usados, que registaram a maior descida em 15 anos.

Os responsáveis da Reserva Federal dos Estados Unidos terão ainda mais dois meses de dados da inflação antes da sua reunião de política monetária de Dezembro, na qual se espera que seja anunciado o quarto aumento dos juros deste ano, suportado pelos fortes dados económicos e pelo crescimento dos gastos dos consumidores, proporcionado pela descida de impostos.

O mercado mantém a expectativa de um quarto aumento este ano, apesar de a Fed continuar a ser alvo de fortes críticas do presidente dos Estados Unidos, a que Jerome Powell se mantém, aparentemente, indiferente.

Ainda ontem, Trump acusou a Fed de estar a ficar "louca" por continuar a subir os juros de forma gradual. Isto horas depois de ter dito na Casa Branca que "não gosta de juros altos".

Também esta quarta-feira foi revelado que os pedidos de subsídio de desemprego nos Estados Unidos aumentaram em 7 mil para 214 mil, quando as projecções antecipavam um total de 207 mil.  

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