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Bolsa nacional acentua queda e atinge mínimos de Abril de 2017

A sessão está a ser marcada por quedas avultadas no mercado accionista. Lisboa não é excepção. O PSI-20 está a negociar no nível mais baixo desde Abril de 2017, numa sessão em que cinco cotadas estão a deslizar para mínimos de mais de um ano.

EPA
11 de Outubro de 2018 às 11:09
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O PSI-20 está a descer 0,82% para 4.994,52 pontos, tendo chegado a afundar quase 1,5% esta manhã. O principal índice bolsista nacional está a negociar no valor mais baixo desde Abril de 2017, acompanhando o sentimento negativo que impera um pouco por todo o mundo. Wall Street sofreu a maior queda desde Fevereiro e as praças asiáticas também foram fortemente castigadas. A turbulência estende-se às bolsas europeias, que atingiram mínimos de 20 meses.

A contribuir para as quedas recentes estão vários factores, que ocorrem em paralelo e que estão a minar a confiança dos investidores. Na Europa o destaque tem sido Itália, devido às metas orçamentais. A disputa de palavras e de objectivos entre Roma e as instituições europeias tem provocado subidas acentuadas dos juros italianos, que têm subido para máximos de quatro anos. E tem arrastado os restantes mercados europeus. 

Nos EUA, a subida das "yields" nas obrigações no mercado secundário, a reflectir as expectativa do aumento dos juros por parte da Fed, tem levado os investidores a preferirem apostar em activos que beneficiam do aumento do preço do dinheiro, em detrimento do mercado accionistas e obrigacionista, o que se tem reflectido nas bolsas europeias e americanas. 

Além disso, a guerra comercial continua a afectar a confiança dos investidores. E isto, numa altura em que os preços do petróleo têm registado fortes quedas, o que tem penalizado o sector petrolífero.

Tudo conjugado tem provocado fortes descidas das bolsas, com os investidores a preferirem refugiar-se em activos menos expostos a estas questões. 

BCP, Jerónimo, Sonae, Mota-Engil e Pharol em mínimos
A bolsa nacional não é excepção e tem registado fortes quedas e renovado mínimos. O BCP, que está num sector que tem sido fustigado pela crise política em Itália, está a cair 1,19% para 0,2239 euros, tendo já tocado nos 0,2186 euros, atingindo um novo mínimo de Setembro de 2017.

No retalho, a Jerónimo Martins perde 1,74% para 11,005 euros, tendo já negociado nos 10,785 euros, o que corresponde a um mínimo de Janeiro de 2016. Já a Sonae SGPS está a depreciar 3,41% para 0,8225 euros, tendo também tocado no valor mais baixo desde Março de 2017 (0,8125 euros).

Em mínimos de Março de 2017 está ainda a Mota-Engil, ao cair 2,01% para 1,754 euros. A construtora tem registado quedas acentuadas nos últimos tempos, tendo já perdido mais de metade do seu valor desde que o ano começou.

A Pharol também está a perder mais de 2% para 0,1466 euros, atingindo o valor mais baixo desde Julho de 2016.

Mas as quedas não se ficam por aqui. A EDP Renováveis cai mais de 1,5%, a EDP perde 1%, a Galp Energia afunda mais de 3% - numa altura em que os preços do petróleo estão a deslizar quase 2%, a reflectir os receios de quebra da procura mundial.

Navigator dispara mais de 7%
A contrariar esta tendência de quedas acentuadas está a Navigator, a subir 7,54% para 4,194 euros, a beneficiar das novidades em torno dos EUA. O Departamento do Comércio dos EUA decidiu que a taxa anti-dumping final a aplicar retroactivamente nas vendas de papel para os EUA, para o período compreendido entre Agosto de 2015 e Fevereiro de 2017 foi revista em baixa para 1,75%.

Em Agosto a informação apontava para que lhe fosse aplicada uma taxa de 37,34%.

Esta redução expressiva da taxa imposta pelos EUA está a animar a negociação da Navigator, que tinha sido fustigada em bolsa em Agosto. 
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