A bolsa nacional interrompeu hoje o ciclo de oito sessões a subir pressionada principalmente pelo Banco Comercial Português. O PSI-20 deslizou 0,36%, com o Grupo PT a travar perdas maiores.

O principal índice da bolsa nacional cotou nos 7.964,19 pontos com sete acções em queda, seis a subir e sete inalteradas numa sessão em que foram negociados 121,99 milhões de euros.

Após oito sessões de ganhos, um ciclo positivo que já não se verificava desde Fevereiro de 2004, a bolsa nacional fez assim uma ligeira correcção. Contudo, os analistas acreditam que o PSI-20 tem espaço para mais subidas até aos final do ano, pois em 2005 a sua performance é muito inferior à dos congéneres europeus.

O Banco Comercial Português [bcp], que tinha subido em todas as sessões desta semana, desvalorizou 1,38% para os 2,14 euros. A instituição bancária afirmou hoje  que não apresentou nenhuma proposta formal ao Governo no sentido de transferir a totalidade dos trabalhadores para o Regime Geral da Segurança Social. Em comunicado, o banco afirma não ter tido reuniões com o ministro Vieira da Silva destinadas exclusivamente a tratar desta matéria.

A restante banca terminou inalterada com o Banco Espírito Santo [besnn] e com o Banco BPI [bpin] a cotarem nos 13,30 euros e 3,68 euros, respectivamente.

A Energias de Portugal [edp] também pressionou o principal índice da bolsa nacional ao perder 0,84% para os 2,36 euros, depois de ontem ter subido para o valor mais elevado desde Novembro do ano passado.

A EDP passou para o primeiro lugar da lista de 10 acções nacionais em que os fundos de investimento mais investiram em Outubro, divulgou a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. A eléctrica passou assim à frente dos títulos do BCP e da Sonae SGPS que ocuparam o primeiro e segundo lugares, respectivamente, em Setembro.

A Sonae SGPS [son] deslizou 0,70% para os 1,41 euros, enquanto a Brisa [brisa] escorregou 0,31% para os 6,52 euros.

A Comissão Europeia deverá decidir até Janeiro se prossegue com a análise à queixa da Sonaecom contra o alegado abuso de posição dominante da Portugal Telecom e se prosseguir se fica na alçada de Bruxelas ou transita para a Autoridade da Concorrência, disse hoje Angel Tradacete, da direcção geral de concorrência europeia.

Do lado das subidas, a Portugal Telecom [ptc] avançou 0,39% para os 7,71 euros, enquanto a PT Multimédia [ptm] somou 1,6% para os 9,60 euros depois de ter valorizado mais de 3%.

A PTM quebrou ontem a resistência dos 9,28 euros com bom volume, explica o Millennium bcp investimento, sublinhando que os indicadores de médio prazo «estão fortes, pelo que esta quebra abre espaço a ganhos adicionais»

«Temos como primeiro objectivo o máximo do ano nos 9,80. No entanto, este movimento de subida constitui a confirmação da quebra em alta de uma figura de pennant, que representa uma consolidação após um forte movimento de subida. Esta consolidação ocorre frequentemente a meio de um movimento, pelo que é provável que a subida a que agora assistimos tenha uma dimensão igual à do movimento anterior  e que os ganhos se estendam até aos 10,30», acrescenta.

A Jerónimo Martins [jmar] subiu 1,76% para os 12,75 euros, depois de ter atingido o máximo de Setembro de 2000 nos 12,80 euros. A retalhista subiu pela terceira sessão consecutiva.

A European Securities Network, rede europeia de casas de investimento que integra o Caixa BI, retirou a Impresa da sua lista de 17 «top picks» europeias, devido à recente quebra nas audiências da SIC. A Mota Engil entrou para a lista de empresas preferidas da rede europeia com uma recomendação de «acumular». O sector «media» ficou na totalidade estável, com a Impresa a valer 4,73 euros, a Media Capital a cotar nos 6,70 euros e a Cofina a valer 2,65 euros.