Notícia
BCE pode forçar bancos a suspenderem dividendos caso não sigam recomendação
A instituição europeia poderá vir a obrigar os bancos da Zona Euro a não distribuírem os dividendos referentes à atividade de 2019, caso não sigam as suas recomendações.
O Banco Central Europeu (BCE) pode vir a obrigar os banco da região a adiarem o pagamento de dividendos referentes ao exercício do ano anterior, caso não sigam a diretiva recomendada pela instituição e o façam de forma voluntária.
"Se os bancos decidirem não seguir as nossas recomendações, vamos decidir se vamos tomar outras medidas", disse Andrea Enria, presidente do Conselho de Supervisão do BCE, numa entrevista à Bloomberg TV, reforçando a ideia de que a instituição poderá ir mais longe e tomar medidas mais agressivas, que obriguem os bancos a seguir as suas missivas.
Parte dos bancos da Zona Euro seguiram as recomendações emitidas pelo BCE na passada sexta-feira, mas muitos ainda não decidiram o que fazer. Em Itália, por exemplo, o país europeu mais afetado pela covid-19, vários bancos seguiram o conselho do banco central. O Unicredit suspendeu o pagamento de dividendos de 63 cêntimos por ação e cancelou uma recompra de ações programada no valor de 467 milhões de euros. O Intesa Sanpaolo disse que ia rever a recomendação do BCE na sua próxima reunião de 31 de março.
"Estou muito contente por ver que os bancos estão a reagir de forma positiva", disse Enria, acrescentando que considera este "um importante passo para a própria reputação dos bancos por mostrarem responsabilidade corporativa num tempo difícil para a economia.
O supervisor europeu encorajou os bancos a mostrarem alguma moderação na hora de distribuir bónus às suas administrações, embora considere menos problemático do que a distribuição de dividendos, dadas as quantias envolvidas em ambos os casos.
O BCP seguiu o mesmo caminho, ao suspender o pagamento dos dividendos referentes ao exercício de 2019, o que irá representar uma poupança de cerca de 134 milhões de euros. Isto depois de só no ano passado ter voltado a distribuir dividendos, após um interregno de oito anos.
"Se os bancos decidirem não seguir as nossas recomendações, vamos decidir se vamos tomar outras medidas", disse Andrea Enria, presidente do Conselho de Supervisão do BCE, numa entrevista à Bloomberg TV, reforçando a ideia de que a instituição poderá ir mais longe e tomar medidas mais agressivas, que obriguem os bancos a seguir as suas missivas.
"Estou muito contente por ver que os bancos estão a reagir de forma positiva", disse Enria, acrescentando que considera este "um importante passo para a própria reputação dos bancos por mostrarem responsabilidade corporativa num tempo difícil para a economia.
O supervisor europeu encorajou os bancos a mostrarem alguma moderação na hora de distribuir bónus às suas administrações, embora considere menos problemático do que a distribuição de dividendos, dadas as quantias envolvidas em ambos os casos.
A recomendação, também "dirigida às autoridades nacionais", surge numa altura em que algumas instituições já tinham tomado esta decisão por iniciativa própria. Foi o caso do grupo Santander, que anunciou a suspensão da distribuição de dividendos este ano, optando por um pagamento único em 2021, quando for possível avaliar o impacto do coronavírus.
Para além do corte nos dividendos, o banco espanhol anunciou que os executivos de topo do banco serão alvo de um corte dos salários para financiar um novo fundo criado para ajudar na luta contra o coronavírus, segundo a agência Dow Jones.
Para além do corte nos dividendos, o banco espanhol anunciou que os executivos de topo do banco serão alvo de um corte dos salários para financiar um novo fundo criado para ajudar na luta contra o coronavírus, segundo a agência Dow Jones.
O BCP seguiu o mesmo caminho, ao suspender o pagamento dos dividendos referentes ao exercício de 2019, o que irá representar uma poupança de cerca de 134 milhões de euros. Isto depois de só no ano passado ter voltado a distribuir dividendos, após um interregno de oito anos.