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Villeroy: BCE já fez maior parte da subida dos juros, mas efeito na economia ainda está por sentir

François Villeroy, governador do Banco de França e membro do conselho do Banco Central Europeu, admite, no entanto, mais subidas nas próximas reuniões do BCE, acrescentando que ainda é prematuro saber a dimensão desses aumentos.

Benoit Tessier/Reuters
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O Banco Central Europeu já completou a maior parte ciclo de aperto da política monetária necessária para controlar a inflação, afirmou esta quarta-feira o governador do Banco de França e membro do conselho do BCE, François Villeroy de Galhau, acrescentando que o maior impacto da subida das taxas de juro na economia ainda está por se fazer sentir.

"Podemos ainda ter um curto caminho de subida das taxas de juro nas nossas próximas reuniões", começou por explicar. "Ainda assim, penso que é prematuro decidir agora o que vamos fazer em maio", realçou, numa altura em que há grande especulação sobre quando irá terminar o Banco Central Europeu de subir os juros, face à inflação que vai abrandando, embora lentamente, nos principais países da Zona Euro.

"Completámos a maioria da nossa jornada de subida dos juros diretores e o efeito económico mais forte vai ser transmitido com o que já foi feito", afirmou o governador.

Questionado sobre o que iria seguir, a discursar em Washington no Peterson Institute for International Economics, Villeroy descreveu uma fase mais "aberta", com o BCE a ser guiado pela inflação, as dinâmicas dos preços e a forma como a política monetária mais restritiva é transmitida para a economia.

Alguns membros do BCE têm pedido uma maior velocidade e dimensão na subida das taxas de juro. O governador austríaco, Robert Holzmann, afirmou ainda esta quarta-feira que uma subida em 50 pontos base pela quarta vez consecutiva ainda é garantida em maio, devido à elevada inflação.

De acordo com a Bloomberg, o mercado monetário vê o pico das taxas de juro em 3,75% em outubro - atualmente está nos 3%, com o primeiro corte dos juros diretores a chegar em março de 2024. Sobre estas perspetivas o responsável do Banco de França disse que os custos de empréstimo devem permanecer no seu pico o tempo que seja necessário.

"Para as taxas de juro, um período mais longo está a tornar-se mais significativo do que mais elevado", completou.
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