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Villeroy: BCE terá de fazer "ainda um pequeno caminho" para travar a inflação

"Embora tenhamos concluído a maior parte da nossa jornada, ainda podemos ter que percorrer um pequeno caminho", considerou o governador do Banco de França. François Villeroy lembrou ainda que o combate contra a inflação só está terminado quando for travada a inflação subjacente.

Benoit Tessier/Reuters
31 de Março de 2023 às 15:29
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O governador do banco central francês e membro do conselho do Banco Central Europeu (BCE), François Villeroy de Galhau, alertou para a possibilidade de ainda ser necessário "um pequeno caminho" no sentido de continuação da política monetária restritiva da instituição.

 

"Embora tenhamos concluído a maior parte da nossa jornada, ainda podemos ter que percorrer um pequeno caminho", considerou Francois Villeroy, em entrevista ao jornal alemão Frankurter Allgemeine Zeitung, publicada esta sexta-feira.

 

Depois de completar este caminho de subida as taxas de juro diretoras, será necessário "manter o sentido pelo tempo que for necessário".

 

Apesar do recuo da inflação, que em março voltou a abrandar desta vez para 6,9%, o governador francês sublinhou que o combate só estará ganho, quando "for reduzida a inflação subjacente".

 

Por outro lado, Villeroy recordou que os "remédios" do BCE demoram a surtir o efeito, ou seja após a subida dos juros diretores existe um desfasamento de um a dois anos para que haja impacto desta política na economia.

 

Após o encontro que decorreu há duas semanas, a instituição não falou sobre novos aumentos no comunicado e Christine Lagarde não se comprometeu com a questão dos juros no futuro.

 

"O que sabemos é que muito caminho a percorrer", respondeu a presidente do BCE quando questionada sobre subidas dos juros, lembrando que as decisões do banco central vão sendo tomadas consoante a economia evolui. E, neste momento, "a incerteza é muito elevada" devido ao stress no sistema financeiro causado pelo Credit Suisse e Silicon Valley Bank.

 

Desde 22 de março, a taxa de juro aplicável às operações principais de refinanciamento está em 3,5%, enquanto as taxas de juro aplicáveis à facilidade permanente de cedência de liquidez subiram para 3,75%. Já a taxa aplicável à facilidade permanente de depósito cresceu para 3%. A inflação voltou a abrandar em fevereiro para 8,5%.

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