O governador do banco central da China afirmou, este fim-de-semana, que não irá recorrer a estímulos excessivos para impulsionar a economia, considerando que o yuan está a voltar à tendência normal. 

A China não precisa de estímulos massivos para atingir o crescimento de 6,5% do produto interno bruto, disse Zhou Xiaochuan. A negociação da moeda está a regressar à tendência "normal, racional e relacionada com os fundamentais", considerou citado pela Bloomberg.

"O mercado ficou desapontado com os comentários de Zhou, uma vez que os investidores esperavam mais cortes na taxa de juro ou alterações nos rácios de reservas dos bancos para impulsionar o crescimento porque os fundamentais da economia estão bastante fracos", disse Kenix Lai, analista no Bank of East Asia, à Bloomberg.

Foi anunciado este fim-de-semana que a produção industrial subiu 5,4% em Janeiro e Fevereiro, quando comparado com o período homólogo, abaixo das estimativas projectadas pelos economistas consultados pela Bloomberg. As vendas a retalho também cresceram 10,2%, face à estimativa de 11% dos analistas.

Fundo para compra de acções irá continuar

Ainda assim, a bolsa de Xangai subiu 1,8% na primeira sessão da semana. O regulador do mercado, Liu Shiyu, sinalizou que o Estado irá continuar a intervir no mercado, através do programa de compra de acções. Ainda é demasiado cedo para encerrar o plano de compra de acções para estabilizar o mercado com fundos estatais.

Em Julho, para controlar a queda das acções, o Governo chinês dotou uma equipa nacional de instituições e fundos de investimento com um orçamento até 444 mil milhões de dólares para comprar acções e estabilizar as bolsas. O regulador poderá ainda realizar novas alterações nas regras para as ofertas públicas de venda (OPV), adiantou Liu Shiyu sem especificar quais seriam as mudanças, indica a Bloomberg.