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Blackrock: “A recente recuperação das bolsas parece um pouco excessiva”

A maior gestora de activos do mundo está céptica em relação à continuação da recuperação dos mercados accionistas.

Reuters
15 de Março de 2016 às 11:51
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"Março pode ter chegado como um cordeiro, mas o leão pode estar à espreita". O aviso é da Blackrock, a maior gestora mundial de activos.

As acções dão sinais de recuperação após um início de ano conturbado e de fortes quedas das bolsas - no último mês, o norte-americano S&P 500 e o europeu Stoxx 600 recuperam 8,30% e 6,12%, respectivamente. Mas estes desempenhos não deixam Russ Koesterich, director-geral da Blackrock, convencido. "A continuação da incerteza sobre a economia global, a recente subida começa a parecer um pouco excessiva", considera.

"A recuperação das acções no último mês é uma clássica ‘subida de alívio', em que os investidores estão aliviados por as condições não serem tão más como o previamente receado", observa o responsável da gestora norte-americana, numa nota a investidores. Afirma que a recuperação foi motivada parcialmente "pelas esperanças de uma estabilização da China, que ajudam a explicar a forte subida dos preços das matérias-primas".

Mas, para Russ Koesterich, o mercado pode estar a depositar esperanças excessivas na segunda maior economia do mundo. "Infelizmente, os sinais de uma melhoria real da China são escassos", considera. E justifica com os dados da quebra das exportações chinesas, que tiveram a maior descida mensal desde 2009. "O governo tentará estancar a descida com algumas medidas paliativas, mas é improvável um alargado pacote de estímulos", antecipa o director-geral da gestora. Os dados das exportações lançam também dúvidas sobre o cenário do comércio mundial, segundo Russ Koesterich.

Além da recuperação das bolsas, o responsável da Blackrock observa que houve uma grande descida no valor dos instrumentos financeiros que medem a volatilidade nos mercados. O problema para a Blackrock é que "a recuperação global é ainda desigual" e esperam-se "condições financeiras mais restritivas". A conclusão, para Russ Koesterich, é que existe "potencial para um aumento da volatilidade, o que poderá implicar mais períodos de pressão sobre as acções".

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