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Banco central da Índia lança moeda digital em abril. Quer taxar transações cripto a 30%

No próximo dia 1 de abril, a Índia passa a fazer parte da lista onde já estão países como a China, Nigéria e as Bahamas, passando a emitir a sua própria CBDC (Central Bank Digital Currency).

Neste cenário, as grandes potências tecnológicas percebem durante o ano 2022 que dependem de novas alianças estratégicas, já que o preço da energia continua a subir e estes países são amplamente dependentes da eletricidade.

O palco está então pronto para que a Índia entre em cena, com o seu poderoso setor tecnológico e com o baixo custo da energia. Nova Deli passa assim fazer parte do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), ainda que sem direito de voto.

Com este acordo, a Índia consegue acelerar o seu desenvolvimento através de novos investimentos avultados em infraestruturas e melhorias na produtividade agrícola.

Apesar de um ano volátil para os mercados, a rupia indiana acaba por conseguir ser muito mais resistente do que os seus pares. Já a bolsa indiana corrige com outros mercados de capitais, no início de 2022, mas revela um forte desempenho durante o ano.
01 de Fevereiro de 2022 às 15:30
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O banco central indiano vai lançar a sua própria moeda digital, ou CBDC do inglês "central bank digital currency". Este ativo virtual irá replicar a rupia, a moeda oficial do país, a partir do próximo dia 1 de abril, segundo anunciou esta terça-feira o ministro das Finanças do país, Nirmala Sitharaman.

O governante revelou que o Executivo está a elaborar um plano para tributar a uma taxa de 30% as mais-valias obtidas com a transação das rupias digitais, um gesto que Sitharaman vê como "um passo importante para o enquadramento regulatório das criptomoedas".

"Ao impor esta taxa passamos a mensagem de que queremos enquadrar e não proibir a negociação de criptoativos", explicou o "braço direito" para as Finanças de Narendra Modi. Até ao momento, não existe nenhum diploma na Índia que enquadre o mercado de criptoativos, embora no final do ano passado as autoridades tenham proposto a proibição da mineração e transação de criptomoedas.

Foi também nesta altura, que o governo indiano emitiu um decreto para que - à semelhança do que já acontece na China com o yuan digital, nos EUA, com o projeto "Hamilton" e na União Europeia com o plano de estudos para o euro digital - Nova Deli pudesse lançar a rupia digital.

Apesar de inicialmente o Executivo ter apontado para um pacote de normas que ditaria o fim do mercado cripto, acabou por mudar de ideias devido ao forte interesse registado recentemente. "Houve um grande aumento no que toca às transações de ativos virtuais. A frequência e a dimensão dos montantes envolvidos nestas transações exigem um regime específico", argumentou Sitharaman, citado pela Bloomberg.

A Nigéria e as Bahamas estão entre as nações em que já circulam CBDC, porém o protagonista mundial nesta matéria, ainda que esteja só em fase de testes, é a China, que se prepara para impulsionar a utilização deste ativo em massa, durante os Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim.

Do outro lado do globo, na nação de uma das principais moedas do mundo, os EUA iniciaram o projeto "Hamilton", tendo estudado a viabilidade da criação de um dólar digital. Na zona euro também já correm estudos sobre uma réplica virtual da moeda única europeia com o banco central a analisar, em conjunto com a Comissão Europeia, "um vasto leque de questões políticas, legais e de design", incluindo os possíveis efeitos da atribuição do estatuto de concurso jurídico digital em euros.

Do lado dos privados, a Visa assinou há duas semanas uma parceira com a ConsenSys, uma companhia de blockchain, após uma rodada de conversações com cerca de 30 bancos centrais, incluindo a Autoridade Monetária de Hong Kong, o Reserve Bank of Australia e o Bank of Thailand.

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