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Guerra de Pequim contra criptomoedas "caiu em saco roto". Números da criminalidade mantêm-se

O pacote de normas aprovado por Pequim em setembro e que visa a proibição de transações e mineração de criptomoedas teve pouco efeito sobre os números da criminalidade.

O presidente chinês, Xi Jinping, conseguiu controlar o vírus e retomar a atividade económica no final de fevereiro.
Noel Celis/Reuters
28 de Novembro de 2021 às 11:00
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O pacote de normas aprovado por Pequim em setembro e que visa a proibição de transações e mineração de criptomoedas teve pouco efeito sobre os números da criminalidade.

De acordo com a Procuradoria-geral de Xangai, os crimes de fraude relacionados com este mercado "estão a diminuir significativamente na região, ainda que no que respeita a outro tipo de crimes, em que o ativo é utilizado como ferramenta de ilícitude, os números estão a aumentar".

"Entre todos os processos que estamos a tratar neste momento relacionados com fraude no mercado do câmbio, apenas um não está relacionado com criptoativos", salientaram as autoridades judiciais, durante uma conferência de imprensa, citadas pela imprensa regional.

Vários especialistas em criptomoedas da Ásia Oriental disseram ao site da especialidade "Cryptonews" trocaram o investimento em Bitcoin e outras altcoins, por stablecoins, ativos virtuais, cuja cotação está diretamente relacionada com a váriação de uma moeda fiduciária ou outro ativo.

Várias partes do país continuam a travar uma guerra contra as criptomoedas. Em Jinggangshan, província de Jiangxi, sede regional do Banco de Desenvolvimento Agrícola da China, lançou uma campanha publicitária sob o lema "conscientização crypto", com slogans como: "Fique longe dos criptoativos, projeta o seu dinheiro.

Na semana passada, o China CITIC Bank – o sétimo maior banco chinês, também alertou contra os riscos de investimentos relacionados com criptomoedas. De acordo com a imprensa pública chinesa, o banco incluiu os perigos de investir em projetos falsos relacionados a "moeda virtual e blockchain"  numa lista de "nove erros a evitar".

Em setembro, o Banco Central Chinês (PBOC) intensificou sua pressão sobre as criptomoedas, declarando oficialmente que todas as transações relacionadas com este tipo de ativos digitais são ilegais.

Todas as criptomoedas foram oficialmente proibidas de circular no mercado, revelou a instituição financeira no seu site.

Todas as transações relacionadas a criptomoedas, incluindo serviços prestados por exchanges no estrangeiro, para residentes em território chinês, passaram assim a ser consideradas atividades financeiras ilícitas.

Desta forma, a China deu o golpe final contra as criptomoedas, depois de meses de uma luta dura, motivada pelo gasto de eltericidade em atividades de mineração em algumas regiões do país, como a Mongólia Interior. As atividades publicitárias relativas a este tipo de ativo também estão proibidas.


Esta semana, o executivo de executivo de Narendra Modi anunciou que iria seguir os passos de Xi Jinping e iria levar um decreto ao Parlamento indiano, para proíbir mineração e transação de criptomoedas, pomover o lançamento de uma moeda digital do banco central, ressalvando no entanto o investimento no país em "blockchain".

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