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Crédito malparado volta a aumentar em Fevereiro

Os bancos nacionais tinham, no final de Fevereiro, quase 18 mil milhões de euros em crédito de cobrança duvidosa. O malparado aumentou, assim, pelo segundo mês.

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O poder que teve ao dividir o BES em banco mau e Novo Banco é o que delapida o seu poder. O governador do Banco de Portugal foi este ano reconduzido no cargo, mas inicia o segundo mandato com menos poder formal e de facto. Sobem de tom as críticas e sofisticam-se os raciocínios sobre o que não fez para impedir que o BES chegasse onde chegou. Perspectivam-se anos, se não décadas, de litígios. E o centro nevrálgico da supervisão mudou-se para Frankfurt. A sua manutenção, embora sem consenso no Governo, revela que mantém algum poder.
12 de Abril de 2016 às 12:02
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A tendência de aumento do crédito malparado do primeiro mês do ano repetiu-se em Fevereiro. Os dados publicados, esta terça-feira, pelo Banco de Portugal revelam que as instituições financeiras tinham, no final de Fevereiro, 17,98 mil milhões de euros em empréstimos de difícil recuperação, o montante mais elevado desde Novembro.


Este montante de malparado representa quase 9% de todo o financiamento concedido pelos bancos a empresas e famílias. Em Janeiro, os bancos tinham um total de 17,7 mil milhões de euros em crédito de difícil recuperação, mais do que os 17,56 mil milhões de euros relativos ao final do ano passado.


As companhias não financeiras são as principais responsáveis pelo crédito de cobrança duvidosa nas carteiras dos bancos. Do montante emprestado a empresas, 15,91% está dado como malparado, o que compara com os 15,53% do mês anterior. No total, são 12,9 mil milhões de euros em crédito de difícil recuperação.


Já no que diz respeito aos particulares o montante de crédito de cobrança duvidosa ascende a cinco mil milhões de euros, ou 4,27% de todo o dinheiro emprestado. Esta percentagem supera ligeiramente os 4,26% fixados um mês antes.


Para este crescimento contribuiu sobretudo o crédito à habitação. Nos empréstimos para a compra de casa, os bancos têm 2,54 mil milhões de euros de difícil recuperação. Este valor representa 2,61% de todo o dinheiro emprestado para este fim. Trata-se da percentagem mais elevada desde que o Banco de Portugal começou a publicar estes dados em 1997.


No crédito ao consumo, do total de dinheiro emprestado, 9,29% está dado como malparado. Uma percentagem que fica aquém dos 9,35% registados um mês antes. Contudo, em termos de valor, os créditos de cobrança duvidosa totalizam 1,14 mil milhões de euros, o que supera os 1,13 mil milhões de euros de Janeiro. O malparado no crédito ao consumo superou os 10% ao longo de todo o ano passado.


O segmento de crédito para outros fins continua a ser aquele onde a percentagem de crédito malparado é mais expressiva, de acordo com os dados do Banco de Portugal. Do total de dinheiro concedido com este objectivo, 14,97% está dado como malparado, ainda assim menos do que os 15,17% registados em Janeiro. Neste segmento, o crédito de cobrança duvidosa chegou a superar os 16% em Maio do ano passado.

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