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Malparado volta a aumentar em Março

O crédito de cobrança duvidosa na carteira dos bancos nacionais voltou a aumentar em Março e atingiu o valor mais elevado desde Novembro do ano passado.

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10 de Maio de 2016 às 12:58
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As instituições financeiras tinham, no final de Março, 18 mil milhões de euros em empréstimos de difícil recuperação, revelam os dados do Banco de Portugal, publicados esta terça-feira. Este valor inclui o malparado relativo a particulares e a empresas e compara com os 17,98 mil milhões de euros relativos ao mês anterior.


É nas empresas que o crédito de cobrança duvidosa é mais expressivo. Atingiu os 12,91 mil milhões de euros em Março, ligeiramente acima dos 12,9 mil milhões de euros relativos a Fevereiro. De todo o financiamento concedido a empresas, 16% está dado como malparado. Esta é mesmo a percentagem mais elevada desde Novembro do ano passado.


Quanto aos particulares, o montante de crédito de cobrança duvidosa supera os cinco mil milhões de euros, o que representa 4,30% do total emprestado. Por segmentos, continua a ser o crédito para outros fins aquele em que a percentagem de créditos de difícil recuperação é mais elevada: do total de dinheiro emprestado, 15,3% está dado como malparado, o que compara com os 15% do mês anterior.


Em relação ao crédito ao consumo, o montante de crédito de difícil recuperação ascende a 1,11 mil milhões de euros, ou 9,16% do total emprestado. No mês anterior, esta percentagem tinha sido de 9,29%.


Também no crédito à habitação, o malparado recuou ligeiramente de 2,543 mil milhões de euros para 2,538 mil milhões de euros. Este valor representa 2,62% do total concedido para a compra de casa. Esta é a percentagem mais elevada desde que há registo, tendo em conta que o "stock" de financiamento para a compra de casa tem vindo também a recuar.


Os montantes elevados de crédito malparado continuam, assim, a ser um dos principais problemas do sector financeiro nacional. António Costa, primeiro-ministro, deu recentemente início à discussão sobre este tema, revelando a intenção de criação de um veículo de resolução para o malparado de modo a libertar o sistema financeiro para o financiamento à economia.


Em meados de Abril, o primeiro-ministro revelou que a solução "não passa necessariamente por um banco mau, há várias soluções possíveis" e que o Governo "está a trabalhar com a unidade de missão" e com as entidades reguladoras para fechar o modelo. Adiantou ainda que este modelo poderá surgir em Junho

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