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Nuno Amado analisará "banco mau" mas BCP não conta com ele
O presidente executivo do BCP não nega o recurso a um veículo que liberte os bancos de crédito malparado. Mas, para já, a intenção é reduzir este crédito de forma orgânica, sem ajudas externas.
O presidente executivo do Banco Comercial Português vai avaliar a proposta de constituição de um banco "mau" que concentre os créditos malparados dos vários bancos do sistema.
"Se houver proposta, a seu tempo analisaremos", começou por dizer Nuno Amado à saída da assembleia-geral de accionistas desta quinta-feira, 21 de Abril, no Lagoas Park Hotel, em Oeiras.
"Não conheço a solução. Quando conhecer, avaliaremos", reiterou Nuno Amado aos jornalistas quando questionado sobre a discussão em torno de um banco que liberte as instituições financeiras da herança de créditos que não estão a ser pagos.
Aliás, para já, a estratégia do banco não conta com essa possibilidade. "A intenção do BCP é reduzir o nível de crédito vencido de forma intensa e orgânica", declarou Nuno Amado.
Sobre o tema, o presidente executivo do banco não quis fazer mais comentários, remetendo para quando houver uma medida efectiva sobre a proposta que está em discussão.
Aliás, Bruxelas disse esta semana que o Banco do Fomento (IFD) poderá ser usado com esse intuito, algo que o Governo já veio dizer que não faz parte da estratégia delineada.