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Acções do BCP travam subida e valorizam 3%
Após ter chegado a disparar mais de 6%, o BCP segue agora com uma tendência de ganhos mais suave. Ainda assim, regista um desempenho positivo um dia depois da assembleia geral, na qual aprovou uma fusão de acções.
As acções do BCP já estiveram a disparar mais 6% esta sexta-feira, 22 de Abril. Esta é a terceira sessão consecutiva de ganhos, mas agora com uma subida menos expressiva. O banco liderado por Nuno Amado está a valorizar quase 3%, depois da aprovação da fusão de acções em assembleia-geral de accionistas.
Após ter acumulado um ganho de quase 15% nas últimas duas sessões, o BCP mantém a tendência positiva. As acções do banco seguem a subir 2,82% para 4,01 cêntimos, numa sessão em que já chegaram a ganhar um máximo de 6,41%.
Em destaque está também o volume de negociação, uma vez que já foram transaccionadas mais de 290 milhões de acções nas primeiras duas horas da sessão. Um valor elevado, já que contrasta com a média diária de 288 milhões de títulos nos últimos seis meses.
Este desempenho surge depois da "luz verde" dada pelos accionistas do BCP à fusão de acções. Contudo, a aprovação foi de apenas uma acção por cada 75 que o investidor detenha, ao passo que a proposta inicial apontava para um rácio de um por cada 193 títulos.
À cotação actual, cada nova acção resultante da conversão resultaria num título a valer 3,075 euros. A fusão de acções, contudo, só avançará quando houver enquadramento legal, de acordo com a administração.
Nuno Amado reafirmou também a vontade de olhar para o Novo Banco, assim que lhe sejam retiradas as imposições impostas pela Comissão Europeia. "Analisaremos todas as oportunidades que pudermos analisar", declarou o presidente executivo da instituição à porta da assembleia-geral. E acrescentou que pretende devolver nas próximas semanas parte da ajuda estatal recebida em 2012, dependendo do final da fusão do Millennium com o Banco Privado Atlântico em Angola.
Além da conversão, os accionistas viabilizaram também a possível entrada de novos investidores no capital da instituição, através de aumentos de capital em que os actuais accionistas abdicam do direito de preferência na subscrição. Este reforço pode chegar a um máximo de 20% da capitalização bolsista, o que traduz um máximo de 469 milhões de euros face ao valor actual de mercado.
Sobre a mesa e aprovada também esteve a alteração de auditor do banco, que ao fim de 30 anos deixa de ser a KPMG, sendo substituída pela Deloitte.